ONU abandona Mali no momento em que os Wagner cimentam posição

Mali
Mali Direitos de autor Pascal Gyot/AP
Direitos de autor Pascal Gyot/AP
De  Nara Madeira com AP
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O Conselho de Segurança da ONU aprovou, por unanimemente, resolução a favor do fim imediato da missão de manutenção da paz no Mali.

PUBLICIDADE

O Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou, por unanimemente, na sexta-feira, uma resolução a favor do fim imediato da missão de manutenção da paz no Mali

De acordo com o documento, a retirada dos mais de 15.000 efetivos que estão no terreno começa este sábado e deverá estar concluída até ao final do ano. Pondo fim a mais de 10 anos de missão.

Em reação a esta decisão, o Secretário-geral da ONU elogiava a operação de manutenção da paz e o seu pessoal, e apelava à "plena cooperação do governo de transição para uma retirada ordenada e segura do pessoal e dos bens da missão nos próximos meses". António Guterres exortava ainda "todas as partes signatárias do Acordo de Paz e Reconciliação", firmado em 2015 no Mali, "a continuarem a honrar o cessar-fogo", após a retirada total das forças da MINUSMA.

A decisão surge por exigência da junta militar que governa o país, após derrubar o executivo anterior de Ibrahim Boubacar Keita, e que está a trabalhar com o grupo russo Wagner, para combater extremistas islâmicos. Anteriormente, tinha exigido, e conseguido, a saída das tropas francesas do terreno.

A instabilidade no país começou a deteriorar-se há mais de 10 anos, com a abertura do país aos jihadistas islâmicos, e com todas as consequências que ela trás para as populações locais, sobretudo para as minorias.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Ressurgimento do terrorismo no Mali

Massacre no Mali mata mais de uma centena de civis

UE lamenta que o Mali vire as costas aos parceiros tradicionais