O Conselho de Segurança da ONU aprovou, por unanimemente, resolução a favor do fim imediato da missão de manutenção da paz no Mali.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou, por unanimemente, na sexta-feira, uma resolução a favor do fim imediato da missão de manutenção da paz no Mali.
De acordo com o documento, a retirada dos mais de 15.000 efetivos que estão no terreno começa este sábado e deverá estar concluída até ao final do ano. Pondo fim a mais de 10 anos de missão.
Em reação a esta decisão, o Secretário-geral da ONU elogiava a operação de manutenção da paz e o seu pessoal, e apelava à "plena cooperação do governo de transição para uma retirada ordenada e segura do pessoal e dos bens da missão nos próximos meses". António Guterres exortava ainda "todas as partes signatárias do Acordo de Paz e Reconciliação", firmado em 2015 no Mali, "a continuarem a honrar o cessar-fogo", após a retirada total das forças da MINUSMA.
A decisão surge por exigência da junta militar que governa o país, após derrubar o executivo anterior de Ibrahim Boubacar Keita, e que está a trabalhar com o grupo russo Wagner, para combater extremistas islâmicos. Anteriormente, tinha exigido, e conseguido, a saída das tropas francesas do terreno.
A instabilidade no país começou a deteriorar-se há mais de 10 anos, com a abertura do país aos jihadistas islâmicos, e com todas as consequências que ela trás para as populações locais, sobretudo para as minorias.