Chefes da defesa da África Ocidental estão reunidos na Nigéria para definir estratégias sobre formas de implementar uma possível operação militar.
Na capital do Níger, continua a retirada de cidadãos europeus. Na manha desta quarta-feira, um avião com cerca de 100 pessoas, na maioria italianos, aterrou em Roma.
A França, que tem cerca de 1.200 cidadãos a viver no Níger, também fretou aviões para retirar os cerca de 600 franceses que quiserem ser repatriados e outros cidadãos estrangeiros.
A saída dos cidadãos europeus do Níger acontece num contexto de forte pressão dos países do bloco da África Ocidental, que não excluem o uso da força contra a junta militar, se esta não devolver o poder às autoridades civis.
Entretanto, os chefes da defesa da África Ocidental estão reunidos na Nigéria. A reunião, que vai durar até sexta-feira, surge depois de a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) ter lançado um ultimato de sete dias à junta militar do Níger para entregar o poder ao governo democraticamente eleito de Mohammed Bazoum.
O presidente da Comissão da CEDEAO, Omar Touray, disse que todos os Chefes de Estado-Maior dos Estados membros iriam proceder a uma reunião de emergência para definir estratégias sobre formas de implementar uma possível operação militar para restaurar Muhammed Bazoum ao cargo.
Entretanto, os golpistas contam com o apoio do Mali e do Burkina Faso, países também governados por militares e que declararam que qualquer intervenção armada no Níger seria considerada uma declaração de guerra contra os respetivos países.
A junta nigeriana, que acusa a França de querer intervir militarmente, enviou um emissário ao Mali, também antiga colónia francesa, para analisar a situação.