UE apela aos esforços de mediação no Níger

Esforços para o diálogo no Níger
Esforços para o diálogo no Níger Direitos de autor Joel Ryan/AP2011
Direitos de autor Joel Ryan/AP2011
De  Euronews com AFP
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O porta-voz da Comissão Europeia sublinha que a UE não está a trabalhar com aquilo a que chama as "autoridades ilegítimas do Níger", mas continua a insistir no diálogo.

PUBLICIDADE

A vida regressa à normalidade na capital do Níger, Niamey, dois dias após o fim do ultimato lançado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). Mas, politicamente, o futuro continua incerto.

Entretanto, o economista Ali Mahaman Lamine Zeine (ministro das Finanças do Níger de 2003 a 2010) foi nomeado pelos líderes do golpe de Estado como novo primeiro-ministro do país.

A União Europeia (UE) suspendeu todas as atividades com o Níger (incluindo a assistência financeira, a cooperação civil e a cooperação em matéria de segurança). O porta-voz da Comissão Europeia sublinhou que a UE não está a trabalhar com aquilo a que chama as "autoridades ilegítimas do Níger", mas continua a insistir nos esforços de mediação. "Uma coisa é certa, não haverá consequências positivas se este golpe militar for autorizado a prosseguir e a ser estabelecido como um facto no terreno. (...) Continuamos a acreditar que existe um espaço, que existe uma margem para esforços de mediação. (...) A CEDEAO é o principal ator regional nesta questão. O que quer que a CEDEAO decida, será depois implementado", afirmou Peter Stano.

Esforços para uma solução diplomática

Os Estados Unidos, parceiro privilegiado da França na luta contra os grupos jihadistas que assolam este país e uma grande parte da região do Sahel, também tentaram o diálogo.

A segunda responsável pela diplomacia norte-americana, Victoria Nuland, deslocou-se a Niamey na segunda-feira para se encontrar com os líderes do golpe de Estado, uma reunião que não contou com a presença do general Abdourahamane Tiani, o novo homem forte do Níger. Também não se encontrou com o Presidente Mohamed Bazoum, que se encontra em prisão domiciliária em Niamey desde o golpe, há quase duas semanas.

As discussões, que incluíram o novo chefe do Estado-Maior do Exército, General Moussa Salaou Barmou, "foram extremamente francas e, por vezes, bastante difíceis", admitiu. Victoria Nuland.

Os líderes golpistas recusaram-se a receber uma missão de negociação das Nações Unidas, da CEDEAO e da União Africana esta terça-feira, alegando razões de segurança.

A CEDEAO vai realizar uma reunião extraordinária em Abuja, na Nigéria, na quinta-feira. Analistas e diplomatas afirmam que a janela para a intervenção militar está a fechar-se e que, sem o apoio regional para o uso da força, a CEDEAO e outros estão à procura de uma saída.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Países da África Ocidental ordenam ativação imediata de força militar para restaurar ordem no Níger

Líderes da CEDEAO procuram solução para crise no Níger

Macron diz que França vai retirar tropas e embaixador franceses do Níger