A pressão nunca baixa no Mar do Sul da China. Agora são os exércitos australiano, filipino e norte-americano que realizam exercícios militares conjuntos.
As águas do Mar da China são bastante disputadas. Embora a justiça internacional tenha decidido contra, a China reivindica soberania, assim como as Filipinas. Um dos exercícios das manobras realizadas foi recuperar uma ilha ao inimigo.
O presidente das Filipinas e o ministro da Defesa da Austrália, Richard Marles, assistiram aos desembarques simulados na ilha, assaltos e inserção de helicópteros de forças numa base da marinha filipina com 1.200 australianos, 560 filipinos e 120 fuzileiros navais dos Estados Unidos da América.
Os três países estão entre os principais críticos das ações cada vez mais agressivas e de confronto da China nas águas disputadas.
Numa conferência de imprensa conjunta, Ferdinand Marcos Jr. disse: "É um aspeto importante a forma como nos preparamos para qualquer eventualidade, considerando que houve tantos eventos que atestam a volatilidade da região".
Por seu lado, Richard Marles afirmou: "A mensagem que queremos transmitir à região e ao mundo, a partir de um exercício deste tipo, é que somos dois países comprometidos com a ordem global baseada em regras".
Os dois países reafirmam o apoio à decisão de 2016 de um tribunal arbitral em Haia sob a Convenção da ONU, que invalidou em grande parte a reivindicação de Pequim para praticamente todo o Mar do Sul da China e manteve o controlo das Filipinas sobre os recursos na sua zona económica exclusiva de 200 milhas náuticas.
A China recusou-se a participar da arbitragem e continua a desafiar a decisão.