República separatista do Nagorno-Karabakh é extinta a 1 de janeiro

Ruben Vardanyan detido pelas autoridades azerbaijanas quando tentava sair do Nagorno-Karabakh
Ruben Vardanyan detido pelas autoridades azerbaijanas quando tentava sair do Nagorno-Karabakh Direitos de autor HANDOUT/AFP
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Decisão foi anunciada pelo líder do enclave arménio que desde a semana passada é alvo de uma intervenção militar do Azerbaijão. Ex-líder separatista foi detido.

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O governo do Nagorno-Karabakh decretou a dissolução da república separatista a 1 de janeiro de 2024.

"Todos os órgãos do Estado e as organizações deles dependentes devem ser dissolvidos até 1 de janeiro de 2024 e a República do Nagorno-Karabakh (Artsakh) deixa de existir", afirma o decreto emitido pelo líder do enclave arménio, Samvel Shajramanián, conforme noticiam os meios de comunicação social locais. 

Azerbaijão detém ex-líder separatista

O Azerbaijão deteve esta quarta-feira Ruben Vardanyan, empresário e antigo líder do governo separatista do Nagorno-Karabakh. Vardanyan foi detido enquanto tentava cruzar a fronteira para deixar a região e entrar na Arménia.

A detenção foi confirmada, nas redes sociais, pela sua mulher, que recorda que "Ruben esteve ao lado do povo de Arsakh (Nagorno-Karabakh) durante os 10 meses de bloqueio e sofreu com eles na sua luta pela sobrevivência" e pede "orações e apoio para que o meu marido seja libertado em segurança".

O empresário foi fundador um dos maiores bancos de investimento da Rússia, o Troika Dialog. Em 2022, renunciou à cidadania russa e mudou-se para o Nagorno-Karabakh.

Esta é a primeira detenção de um alto representante arménio desde que Baku lançou uma operação militar no território, na semana passada.

Arménia prepara-se para acolher milhares de refugiados

Até ao momento, mais de 50 mil pessoas de etnia arménia fugiram do Nagorno-Karabakh para evitar o domínio do Azerbaijão.

O êxodo do Nagorno-Karabakh começou assim que o Azerbaijão levantou um bloqueio de dez meses à única estrada da região que dá acesso à Arménia.

O isolamento provocou escassez de alimentos, medicamentos e combustível.

Baku diz estar a enviar ajuda para o território, nomeadamente um hospital de campanha, após uma explosão num depósito de combustível ter feito pelo menos 20 mortos e quase 300 feridos.

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