Um ataque analógico contra Israel?

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De  Alberto De Filippis
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Perito diz que ataque do Hamas foi ato analógico numa era de "guerra digital". Analistas consideram que teve o apoio do Irão

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Uma operação de envergadura como a do Hamas, que permitiu a dezenas de militantes armados entrar em território israelita para cometer um massacre, exige uma logística excecional.

Para o analista Joost Hiltermann foi um ato de guerra analógico num mundo em que pensamos em termos de "guerra digital".

Joost Hiltermann, perito do International Crisis Group para o Médio Oriente:"Temos de ter em conta que estamos a falar de um nível muito baixo de sofisticação no que se refere a equipamento militar. No fim de contas, o que eles usaram? Usaram asa deltas, asa deltas motorizados. Que podem ser adquiridos no mercado livre. Usaram espingardas normais e armas ligeiras. Usaram motas e camionetas. Usaram alguns drones e explosivos e, claro, dispararam foguetes. Mas a maior parte dos foguetes não são nada sofisticados."

A responsabilidade pelo ataque do Hamas também está em questão. Muitos consideram que foi apoiado pelo Irão. O diretor de Segurança Internacional da Fundação Ásia-Pacífico, Sajjan M. Gohel, é um deles:

"Para além da ferocidade da imaginação e da dimensão do ataque, evitando qualquer fuga de informação, é preciso considerar também que o Hamas tem recebido um grande apoio, tático, estratégico e financeiro do Irão, que tem sido capaz de atuar de muitas formas e sob muitos disfarces em todo o mundo. Talvez seja o Hamas a seguir o exemplo do Irão. Não deve haver dúvidas de que uma das motivações por trás da operação do Hamas era impedir a normalização dos laços entre a Arábia Saudita e Israel. A administração Biden parecia estar perto de negociar uma normalização dos laços entre Israel e a Arábia Saudita, à qual o Irão se opõe fortemente."

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