Dois suecos mortos no ataque terrorista de Bruxelas: Suspeito "neutralizado"

Cordo policial onde ocorreu um tiroteio em Bruxelas
Cordo policial onde ocorreu um tiroteio em Bruxelas Direitos de autor AP Photo/Sylvain Plazy
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De  Francisco Marques
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O atirador colocou-se em fuga, interrompeu jogo do Euro2024 e até a França reforçou controlo das fronteiras. Autoridades explicam investigação

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O governo belga confirmou a morte do homem suspeito de ser o autor do atentado que ocorreu em Bruxelas, na segunda-feira, às 19h14, hora local, em quer morreram dois cidadãos suecos.

O alegado homicida era de nacionalidade tunisina e encontrava-se em Bruxelas numa situação ilegal. A ministra do Interior belga, Annelies Verlinden, afirmou que "o autor do atentado foi identificado e está morto".

Abdesalem L., de 45 anos, residia em Schaerbeek. Em 2019 requereu asilo mas o pedido foi recusado em menos de um ano. Era conhecido das autoridades por "tráfico de seres humanos, residência ilegal e atentado à segurança do Estado", indicou o ministro da Justiça, Vincent Van Quickenborne.

Duas pessoas foram mortas segunda-feira à noite em Bruxelas, na Bélgica, alvejadas à queima roupa por um atirador empunhando uma aparente arma de guerra.

A notícia foi confirmada pelas autoridades belgas, que ativaram um centro de crise, ao qual se juntou escassas horas depois do atentado o primeiro-ministro Alexander De Croo, os ministros do Interior, Annelies Verlinden, e da Justiça,Vincent Van Quickenborne, e ainda o presidente da câmara de Bruxelas, Philippe Close.

O porta-voz do centro de gestão de crise anunciou ainda na segunda-feira à noite que o Orgão de Coordenação para a Análise de Ameaças (OCAM, na sigla original) aumentou o nível de alerta para "4", o mais alto, na cidade de Bruxelas, deixando o resto da Bélgica no "3".

A Presidente da Comissão Europeia manifestou-se solidária com "as vítimas deste desprezível ataque em Bruxelas".

"Estendo o meu sincero apoio à polícia belga para que capturem rapidamente o suspeito. Juntos, mantemos-nos unidos contra o terrorismo", escreveu Ursula von der Leyen nas redes sociais.

O Presidente de Portugal está em Bruxelas a convite da família real belga. Após o ataque, Marcelo Rebelo de Sousa foi aconselhado a regressar ao hotel, mas disse esperar poder retomar a agenda prevista esta terça-feira.

Ataque terrorista

A procuradoria federal belga investigou o caso como um ataque terrorista. O atirador colocou-se em fuga, informou a polícia, que aconselhou os residentes de Bruxelas a permanecerem em casa na noite de segunda-feira.

Com o atirador e eventuais cúmplices em fuga, o ministro do Interior de França decidiu reforçar os controlos na fronteira com a Bélgica. 

O governo francês já tinha ativo desde sexta-feira o plano "vigipirate", de prevenção contra o terrorismo, após o ataque à faca em que foi morto um professor em Pas-de-Calais.

Nas redes sociais circularam vários vídeos. Num deles, registado por um morador na zona onde aconteceu o atentado, em Bruxelas, é possível ver um homem com um casaco laranja fluorescente, capacete branco e uma arma na mão a disparar no meio da rua. 

Depois, o atirador no vídeo persegue duas pessoas que se refugiavam dentro de um prédio e alvejou-as à queima roupa, uma delas quando já estava no chão.

O atacante foi ainda filmado a colocar-se em fuga numa scooter .

Os jornais belgas avançaram que as duas vítimas eram de nacionalidade sueca porque vestiam camisolas da seleção sueca. Deveriam estar em Bruxelas para assistir ao jogo Bélgica-Suécia, marcado para as 20h45 (menos uma hora em Lisboa).

O jogo, a contar para a fase de qualificação do Euro2024, prosseguiu como programado, mas foi interrompido ao intervalo, com um marcador a assinalar um empate 1-1, com os jogadores suecos a recusarem-se voltar ao relvado após tomarem conhecimento do sucedido. a seleção belga foi solidária.

O jogo tinha sido antecedido por um minuto de silêncio pela Federação Belga em nome de "todos os inocentes vítimas da atual violência em Israel, nos territórios palestinianos e em todas as outras partes do mundo".

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O estádio foi encerrado por questões de segurança e só pelas 23 horas foi permitido a quem estava no Estádio Rei Balduíno abandonar o recionto.

Os meios de comunicação belgas noticiaram que o alegado autor dos disparos tinha gravado um vídeo, que publicou pouco depois do ataque, onde dizia pertencer ao grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico e reivindicava o ataque para "vingar os muçulmanos que vivem e morrem" pelo Islão, afirmando ter acabado de matar "três suecos". 

A veracidade desse vídeo estaria ainda a ser verificada, mas esta informação carece de confirmação oficial.

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