Cimeira EUA-UE centrada na guerra Israel-Hamas e tarifas aduaneiras

EUA e UE têm estado mais alinhados desde que Joe Biden susbtituiu Donal Trump no governo norte-americano
EUA e UE têm estado mais alinhados desde que Joe Biden susbtituiu Donal Trump no governo norte-americano Direitos de autor VIRGINIA MAYO/AP2005
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De  Christopher PitchersIsabel Marques da Silva
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O governo norte-americana receberá representantes do Conselho, da Comissão e da diplomacia da União Europeia (UE), sexta-feira, em Washington. A cimeira debaterá as relações bilaterais, com um forte acento nas questões comerciais e na situação geopolítica mundial.

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Os líderes das instituições da UE deverão receber em primeira mão as impressões do presidente dos EUA depois da sua visita ao Médio Oriemte, na quarta-feira, tendo Joe Biden conversado com o governo israelita, mas também com o presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sissi.

Os eurodeputados, reunidos em sessão plenária, em Estrasburgo, disseram à euronews que esperam que a guerra entre Israel e o Hamas seja tema de concertação de posições entre os aliados transatlânticos.

"Penso que este tema não pode deixar de estar, de alguma forma, na agenda", disse Anna-Michelle Assimakopoulou, eurodeputada grega do centro-direita.

"A primeira coisa é que a UE precisa de falar a uma só voz e depois podemos coordenar-nos com os nossos parceiros transatlânticos", afirmou Michael Bloss, eurodeputado alemão dos verdes.

Fontes europeias que preparam a cimeira disseram que deverá haver uma troca de notas sobre informações recolhidas pelos serviços secretos e uma análise dos possíveis cenários de evolução geopolítica na região.

Acabar com as tarifas aduaneiras de Trump

No que se refere aos temas comerciais, a UE espera conseguir avanços na isenção de tarifas aduaneiras sobre o aço e o alumínio, impostas pelo ex-presidente Donald Trump.

Com o presidente Joe Biden há um maior alinhamento para chegar a uma solução e ambas as partes querem, também, combater a dependência da China e das suas políticas mais desleais.

Poderá ser firmado um acordo para restringir a exportação de metais chineses que chegam ao mercado internacional com preços mais baixos devido aos subsídios do governo de Pequim.

"A solução que está a ser negociada agora é a do chamado "clube do carbono", via um acordo entre a UE e os Estados Unidos para promover a produção de aço sustentável e que não contribui para a poluição por C02. Também imporia tarifas aos países que não produzem de forma descarbonizada, ou seja, a China", explicou Jacob Kirkegaard, analista no centro de estudos The German Marshall Fund.

Há outros recursos minerais importantes, tais como o lítio, usado na produção de baterias para aparelhos elétricos, que poderão ser alvo de acordo bilateral.

Tal permitiria, por exemplo, aos fabricantes de automóveis europeus beneficiar das condições criadas pelos EUA ao abrigo da Lei de Redução da Inflação, que promove a produção local de veículos elétricos e de outras tecnologias não poluentes.

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