Israel admite que ataque que matou mais de 80 pessoas em campo de refugiados foi "erro lamentável"

Israelitas na Faixa de Gaza
Israelitas na Faixa de Gaza Direitos de autor AP Photo/Ariel Schalit
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De  Euronews
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Porta-voz do governo israelita admitiu uso de munições incorretas no ataque ao campo de refugiados de Al-Maghazi, que fez dezenas de vítimas mortais, entre as quais mulheres e crianças.

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Um ataque aéreo que matou 86 pessoas no campo de refugiados de Al-Maghazi, na Faixa de Gaza, na véspera de Natal, foi um "erro lamentável", admitiu o porta-voz do governo israelita.

Eylon Levy disse que o elevado número de vítimas mortais, entre as quais mulheres e crianças, aconteceu devido a um uso incorreto de munição que não devia ter acontecido. No entanto, o porta-voz israelita escusou-se a pedir desculpas pelas vidas perdidas, explicando que o país não pedirá desculpa pela campanha para levar os terroristas do Hamas à justiça.

Levy confirmou os informações avançadas pela imprensa local, de que as Forças de Defesa de Israel tinham admitido usarem o tipo errado de munição, mas não quis esclarecer quais as munições usadas no ataque ao campo de refugiados.

"Quaisquer mortes de civis são lamentáveis", disse à Sky News, acrescentando porém que é "inevitável" que sejam cometidos erros.

Eylon Levy reiterou ainda que a guerra contra o Hamas vai continuar até à rendição dos militantes e à libertação dos reféns que ainda permanecem na Faixa de Gaza sob cativeiro. Se o Hamas se rendesse, garantiu, a guerra terminaria "amanhã".

Esta sexta-feira, as Forças de Defesa israelitas anunciaram que lançaram pela primeira vez um ataque, desde o início da guerra, a uma base do Hamas no sul da Faixa de Gaza, de onde os militantes terão saído para invadir Israel a 7 de outubro.

Centenas de milhares de palestinianos continuam a chegar à cidade de Rafah, também no sul de Gaza, segundo as Nações Unidas, mesmo que Israel continue a bombardear as zonas densamente povoadas: a ofensiva israelita sem precedentes em Gaza fez deslocar 85% da população, que tem procurado abrigo nas áreas que as Forças de Israel anunciam como seguras mas que continuam a bombardear, matando dezenas de pessoas todos os dias.

A campanha israelita já destruiu grande parte do norte da Faixa de Gaza e, segundo o Hamas, já matou mais de 21 mil palestinianos, fazendo espoletar uma crise humanitária que deixou um quarto da população praticamente sem comida.

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