As Forças de Defesa de Israel anunciaram a retirada de cinco brigadas de combate de Gaza. ONU alerta que palestinianos estão em risco de fome.
As Forças de Defesa de Israel anunciaram a retirada de cinco brigadas de combate que têm participado na ofensiva terrestre em Gaza.
Em causa estão três brigadas de treino e duas brigadas de reserva.
De acordo com a imprensa israelita, os ajustes no número de militares estão a ser feitos em preparação para 2024, um ano em que os combates devem continuar apesar da pressão internacional e das acusações de genocídio de palestinianos em Gaza.
"As Forças de Defesa de Israel atuam da forma mais moral possível. Fazem tudo o que é possível para evitar ferir civis, e o Hamas faz tudo o que é possível para prejudicá-los, usando-os como escudo humano", acusou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Pelo menos 100 pessoas morreram e 286 ficaram feridas em ataques israelitas no centro de Gaza nas últimas 24 horas, de acordo com o Ministério da Saúde, liderado pelo Hamas.
O Hamas diz que registou 1.825 "massacres" às mãos do exército israelita nos últimos 85 dias no território sitiado.
De acordo com o último balanço, os ataques israelitas resultaram em 28.822 mortos e desaparecidos. Cerca de 9.100 eram crianças.
Partes do pátio do Hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza, tornaram-se um cemitério. A área próxima ao hospital testemunhou ataques intensos desde o início da guerra Israel-Hamas em 7 de outubro.
Dezenas de palestinianos deslocados receberam refeições preparadas em Rafah no domingo.
A guerra desencadeou uma crise humanitária. Neste momento, um quarto dos habitantes de Gaza está em risco de fome, segundo as Nações Unidas. Apenas 10% dos alimentos necessários para os 2,2 milhões de habitantes do território entraram em Gaza nos últimos 70 dias.