Gadi Eisenkot, que faz parte do Gabinete de Guerra, descarta que reféns israelitas possam ser resgatados com uma operação das forças de Telavive.
Gadi Eisenkot, antigo chefe do Estado-Maior israelita e um dos cinco membros do Gabinete de Guerra de Telavive, levantou dúvidas sobre a estratégia de libertação dos reféns israelitas.
Numa entrevista a um canal de televisão de Israel, Eisenkot declarou que será muito difícil salvar os reféns com uma operação de resgate, devido à forma como foram divividos pelo território da Faixa de Gaza, e admitiu que só um acordo poderá permitir retirar com vida os israelitas mantidos em cativeiro pelo Hamas.
O antigo chefe do Estado-Maior de Israel, cujo filho de 25 anos foi morto em combate na Faixa de Gaza no mês passado, disse mesmo que as alegações de que os reféns poderão ser libertados por outros meios estão apenas a "espalhar ilusões". E defendeu que a sobrevivência dos reféns deve ser prioridade sobre qualquer outro objetivo de guerra.
A situação para os palestinianos na Faixa de Gaza, por outro lado, é cada vez mais precária: o chefe de equipa do Gabinete de Direitos Humanos da ONU para os Territórios Palestinianos Ocupados afirmou que se vive no "caos e desespero total".
As Nações Unidas têm criticado Israel pela falta de pontos de entrada da ajuda humanitária na Faixa de Gaza e, numa declaração conjunta emitida por três agências da ONU - Programa Alimentar Mundial, Unicef e Organização Mundial de Saúde -, já esta semana, sublinha-se que há áreas do território onde as pessoas estão a morrer à fome por falta de alimentação básica.
Israel cortou praticamente todos os abastecimentos durante o cerco à Faixa de Gaza, permitindo a entrada reduzida de comida, água e combustível. Antes do início do conflito com o Hamas, a 7 de outubro, entravam cerca de 500 de camiões em Gaza por dia, número que se reduziu significativamente nos últimos meses.