Governo alemão aperta o cerco à extrema-direita

Manifestações contra a extrema-direita têm-se multiplicado na Alemanha nas últimas semanas
Manifestações contra a extrema-direita têm-se multiplicado na Alemanha nas últimas semanas Direitos de autor Jens Buttner/(c) Copyright 2024, dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten
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Ministra do Interior apresentou planos para detetar campanhas de desinformação de extrema-direita e privar os grupos radicais do financiamento.

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O governo alemão prepara-se para intensificar a luta contra o extremismo de direita. A decisão surge na sequência de um artigo que acusa grupos extremistas de se reunirem para discutir a deportação de milhões de imigrantes, incluindo alguns com cidadania alemã. Alguns membros do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), cujo apoio duplicou desde as eleições de 2021, terão participado nestas reuniões.

A ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, diz que pretende tornar mais fácil rastrear o financiamento de extremistas de direita e planeia criar uma "unidade de reconhecimento precoce" para detetar campanhas de desinformação de extrema-direita e com origem no estrangeiro o mais cedo possível: "Queremos esmagar estas redes de extrema-direita. Queremos privá-las dos seus rendimentos. Queremos tirar-lhes as armas. Em suma, queremos usar todos os instrumentos do Estado de direito para proteger a nossa democracia", diz Faeser.

Queremos esmagar estas redes de extrema-direita. Queremos privá-las dos seus rendimentos. Queremos tirar-lhes as armas.
Nancy Faeser
Ministra alemã do Interior

O número de extremistas de direita tem vindo a aumentar. Em 2022, atingiu os 38.800, dos quais 14.000 são considerados potencialmente violentos.

"A criminalidade com motivação política aumentou consideravelmente na Alemanha nos últimos anos. Mais do que duplicou em 10 anos", diz Holger Münch, chefe do Serviço Federal de Polícia Criminal.

No país, têm-se realizado nas últimas semanas numerosas manifestações contra a extrema-direita, com o lema "nós somos a barreira de fogo", uma referência ao tabu contra a colaboração com a extrema-direita na política alemã.

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