Cerca de 20% das Forças Armadas ucranianas são do sexo feminino, mas as militares garantem que são discriminadas, apesar de se considerarem aptas para enfrentar as duras condições na frente de combate.
Na Ucrânia, dos 400.000 efetivos que formam as Forças Armadas do país, cerca de 20% são mulheres. Mas a grande maioria desempenha funções de apoio.
A ucraniana Oleksandra, que antes trabalhava numa padaria, combate, agora, na linha da frente, como atiradora furtiva. No campo de batalha, o trabalho exige “muita perícia e uma certa mentalidade”, admite.
Apesar de combater na guerra e de conseguir atingir alvos que, segundo Oleksandra, se encontram a mais de um quilómetro de distância, a ucraniana confessa que as suas capacidades são “frequentemente questionadas” por ser mulher.
"Todas as mulheres no exército têm de mostrar que são dignas de estar na mesma posição de combate e lutar em pé de igualdade com um homem", explica Oleksandra, citada pelas agências internacionais.
Também Olena, que antes era formadora de comunicação em Kiev, integra as Forças Armadas ucranianas. As trincheiras passaram a ser o “escritório” de Olena, que decidiu alistar-se no exército poucos meses depois do início da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022.
Olena afirma que teve de lutar para conseguir um lugar na linha da frente, mas acabou a ser condecorada pela sua coragem pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy.