Meios egípcios avançam que negociações para trégua entre Israel e Hamas retomam este domingo, após luz verde de Netanyanhu. Hamas diz que forças israelitas fizeram 400 vítimas mortais no cerco a hospital na cidade de Gaza.
As negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza devem recomeçar este domingo, avança a imprensa egípcia, dois dias depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter dado luz verde a novas conversações com o Hamas.
"Uma fonte de segurança egípcia confirmou à Al-Qahera o retomar das negociações para uma trégua entre Israel e o Hamas na capital do Egito, o Cairo, amanhã", avançou no sábado a estação egípcia.
Egito, Catar e EUA têm mediado as rondas anteriores de negociações, mas ainda não foi alcançado qualquer acordo. Os mediadores esperavam ter conseguido alcançar um cessar-fogo no início do mês sagrado do Ramadão, mas as conversações chegaram a um impasse e, nesta altura, já decorreu mais de metade do Ramadão sem qualquer pausa nas hostilidades. Israel tem dito que as exigências do Hamas são ilusórias e delirantes, já os militantes querem que as forças israelitas se retirem de toda a Faixa de Gaza.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro de Israel aprovou nova ronda de negociações em Doah e no Cairo, alegadamente por pressões internas: os israelitas estão cada vez mais críticos da forma com o o governo está a gerir o conflito com o Hamas e exigem que sejam feitos todos os esforços para a libertação dos mais de 100 reféns que ainda permanecem na Faixa de Gaza.
Hamas denuncia mais de 400 mortos em cerco ao hospital Al-Shifa
Segundo os meios de comunicação controlados pelo Hamas, o exército israelita terá matado mais de 400 palestinianos durante os 13 dias que durou o cerco ao hospital al-Shifa na cidade de Gaza, e mais de 1.000 habitações nas imediações foram danificadas ou mesmo destruídas. Israel alega que o hospital era usado pelos militantes do Hamas e que debaixo do complexo havia túneis que foram destruídos numa ofensiva que foi "precisa" e necessária.
No sábado, mais três navios zarparam do porto cipriota de Larnaca com 400 toneladas de alimentos, grande parte prontos a consumir, em direção à Faixa de Gaza, seguindo a rota aberta pela Comissão Europeia e outros aliados da comunidade internacional.
Também foram enviadas milhares de tâmaras, fruto que é consumido para quebrar o jejum diário durante o mês sagrado do Ramadão.
O envio de ajuda humanitária resulta de uma nova conjugação de esforços entre as ONG World Central Kitchen e a Open Arms. Espera-se que o novo carregamento chegue a Gaza na próxima terça-feira.