Reunião dos ministros da Aliança Atlântica vai discutir a substituição das atuais ajudas espontâneas por uma ajuda regular. Aliança comemora 75 anos do tratado fundador.
A Ucrânia está no topo da agenda nesta reunião dos ministros da NATO, em Bruxelas, que assinala os 75 anos da assinatura do tratado fundador da aliança.
A ideia é tornar o apoio militar e financeiro à Ucrânia mais previsível e mais estável, em vez do atual sistema de doações espontâneas.
Disse Jens Stolenberg, secretário-geral da NATO: "Acreditamos firmemente que o apoio à Ucrânia deve ser menos dependente de ofertas voluntárias a curto prazo e mais dependente de compromissos a longo prazo da NATO. Ao fazê-lo, estaremos a dar à Ucrânia o que ela precisa, ou seja, um apoio sólido e previsível a longo prazo."
Alguns membros estão também a ser sujeitos a uma pressão crescente para honrarem o compromisso de elevar a despesa com a defesa até ao limiar de 2% do PIB.
Diz Radosław Sikorski, ministro polaco dos Negócios Estrangeiros : "Creio que a Polónia é agora o país que gasta a maior proporção do seu PIB na defesa e espero que isso seja uma inspiração para outros. Estou ansioso por ouvir os nossos colegas ucranianos falarem sobre os desafios na frente de batalha. A Polónia também vai apoiar a criação de uma missão da NATO para regularizar a ajuda que estamos a prestar à Ucrânia".
Apesar da aparente maior unidade de sempre, a perspetiva de um regresso ao poder de Donald Trump nos Estados Unidos paira sobre esta reunião histórica. O antigo presidente deu a entender que poderia retirar os EUA ou reduzir drasticamente o apoio à NATO, caso ganhasse a reeleição em novembro.