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Mais de 100 mortos num deslizamento de terras na Papua-Nova Guiné

Uma pessoa ferida é transportada numa maca após um deslizamento de terras na aldeia de Yambali, Papua Nova Guiné, 24 de maio de 2024
Uma pessoa ferida é transportada numa maca após um deslizamento de terras na aldeia de Yambali, Papua Nova Guiné, 24 de maio de 2024 Direitos de autor Benjamin Sipa/AP
Direitos de autor Benjamin Sipa/AP
De  Euronews com AP
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Artigo publicado originalmente em inglês

O primeiro-ministro James Marape prometeu divulgar mais informações sobre a real dimensão da tragédia assim que estiverem disponíveis.

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Mais de 100 pessoas terão morrido num deslizamento de terras que soterrou uma aldeia numa zona remota da Papua-Nova Guiné.

O deslizamento atingiu a província de Enga, a cerca de 600 quilómetros a noroeste da capital Port Moresby, nas primeiras horas da manhã de sexta-feira.

Os habitantes das zonas circundantes afirmaram que os pedregulhos e as árvores provenientes do desmoronamento da encosta da montanha soterraram parte da comunidade.

O chefe da missão da Organização Internacional para as Migrações (OIM) neste país da Oceânia disse que o deslizamento de terras atingiu a aldeia de Yambali, a cerca de duas horas de carro da capital provincial de Enga, Wabag.

“A terra continua a deslizar, o que torna muito difícil a operação”, disse Serhan Aktoprak, citando relatos do pessoal da OIM e de outros destacados da capital provincial para a aldeia afetada.

Yambali situa-se ao longo de uma estrada que sai da capital e que está agora bloqueada, dificultando os esforços de socorro.

Aktoprak disse que a área afetada tem a dimensão de três a quatro campos de futebol e que a aldeia alberga quase 4.000 pessoas.

O dirigente local da OIM, disse ainda que “dada a escala da catástrofe”, receava que o número de mortos pudesse ser superior às estimativas iniciais.

Não há acesso à água potável na zona afetada, as linhas elétricas estão cortadas e os habitantes da aldeia, provavelmente, terão dificuldades de acesso a alimentos.

“As necessidades imediatas são de abrigos, bens não alimentares, como cobertores e lençóis, alimentos e água potável”, acrescentou.

O primeiro-ministro da Papua-Nova Guiné, James Marape, disse que as autoridades estavam a reagir e que divulgaria informações sobre a escala da destruição e da perda de vidas quando estivessem disponíveis.

“Estamos a enviar funcionários peritos em catástrofes, a Força de Defesa da Papua-Nova Guiné e o Departamento de Obras e Autoestradas para dar início aos trabalhos de socorro, recuperação de corpos e reconstrução de infraestruturas”, declarou Marape em comunicado.

Austrália disponível para ajudar o país vizinho

A Austrália, enquanto potência económica e militar na região, tem prestado ajuda aos países vizinhos, nomeadamente à Papua-Nova Guiné. A ministra das relações exteriores emitiu uma nota nas redes sociais a demonstrar solidariedade para com as vítimas e disponibilizou ajuda.

“Enviamos as nossas sinceras condolências ao povo da Papua-Nova Guiné na sequência do deslizamento de terras”, publicou Penny Wong, no antigo Twitter (X). “A perda de vidas e a destruição são devastadoras”, acrescentou.

A Papua-Nova Guiné é uma nação diversificada, com mais de 800 línguas e em desenvolvimento de infraestruturas. Constituída maioritariamente por agricultores de subsistência, ainda tem poucas estradas fora das grandes cidades.

As telecomunicações são deficientes, sobretudo fora da capital, Port Moresby. Apenas 1,66 milhões de pessoas em todo o país utilizam a Internet e 85% da população vive em zonas rurais.

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