Ator participou em ação de campanha dos democratas e falou junto do tribunal onde Trump está a ser julgado por, alegadamente, encobrir o pagamento de subornos a uma atriz pornográfica.
O ator Robert De Niro, de 80 anos, é uma das celebridades que apoiam a recandidatura de Joe Biden nas próximas presidenciais norte-americanas. Na terça-feira, participou numa ação de campanha dos democratas e marcou presença junto ao tribunal de Nova Iorque onde o republicano Donald Trump está a ser julgado - acusado de ter falsificado documentos para encobrir um suborno pago à atriz pornográfica Stormy Daniels - e aproveitou a ocasião para deixar duras críticas ao antigo presidente dos Estados Unidos.
O julgamento de Trump começou no final de março e entrou esta semana na fase das alegações finais. A campanha de Biden tinha, até agora, ignorado as sucessivas audiências, mas na terça-feira, além de Robert De Niro, estiveram junto do tribunal alguns dos agentes que responderam no dia da insurreição no Capitólio, a 6 de janeiro de 2021.
"Este é o meu bairro", disse o ator. "Adoro esta cidade, não a quero ver destruída. Donald Trump quer não só destruir esta cidade, mas também o país e, no fim de contas, pode destruir o mundo", acusou Robert De Niro, que foi mais longe, apelidando o magnata do imobiliário de "palhaço" que pode tornar-se um tirano.
"Quando Trump se candidatou em 2016, era como uma anedota, um palhaço a concorrer à presidência", disse o ator. "Esquecemo-nos das aulas de História, que nos mostram que outros palhaços não foram levados a sério até que se tornaram ditadores ferozes", sublinhou De Niro.
"Com Trump, temos uma segunda oportunidade e já ninguém se ri. Temos uma ocasião única de o travar votando contra ele", disse ainda o ator. "A única forma de nos preservarmos e de mantermos a nossa humanidade é votando em Joe Biden", concluiu.
Na terça-feira, em tribunal, os advogados de Trump apresentaram ao júri as alegações finais. O painel de jurados poderá começar a deliberar já esta quarta-feira, para decidir se Trump é culpado de falsificar documentos empresariais para encobrir os pagamentos a Stormy Daniels, que alega ter mantido um encontro sexual com o antigo presidente. Trump garante que tudo é falso e que está inocente.