Após mais de uma década, os líderes dos partidos húngaros puderam debater, em direto, na televisão pública. As eleições europeias na Hungria estão marcados para o dia 9 de junho.
Centenas de pessoas reuniram-se no centro de Budapeste, na quinta-feira, para assistir ao debate dos cabeças de lista dos partidos húngaros ao Parlamento Europeu. Este foi o primeiro debate político na televisão húngara em 18 anos.
A manifestação foi anunciada pelo popular líder do novo partido Respeito e Liberdade da Hungria, Péter Magyar, entre críticas ao equilíbrio editorial da emissora pública. A candidata Klára Dobrev e os apoiantes da Coligação Democrática marcaram presença na manifestação e agitaram bandeiras dos seus partidos, apesar do pedido dos organizadores para não o fazerem.
A emissora estatal húngara definiu antecipadamente os temas do debate para os 11 candidatos principais, quebrando uma tradição que remonta a 2006, com o primeiro-ministro Viktor Orbán a participar num debate eleitoral na televisão pública.
Desde que o partido Fidesz, do primeiro-ministro húngaro, chegou ao poder, em 2010, não houve debates entre os líderes dos partidos na televisão pública. Desta vez, os cabeças de lista do Parlamento Europeu tiveram direito a 8 minutos para convencer os eleitores a votarem neles.
Durante o debate, o candidato do Fidesz, Tamás Deutsch, crticou os eurodeputados de esquerda por terem votado a favor do envio de armas para a Ucrânia. O candidato do Respeito e Liberdade, Péter Magyar, rejeitou, no entanto, estas acusações.
Klára Dobrev descreve Viktor Orbán como "a vergonha da Europa"
Já a cabeça de lista da Aliança da Esquerda (DK-MSZP-Párbeszéd), Klára Dobrev, atacou Viktor Orbán, descrevendo-o como “a vergonha da Europa” e acusando-o de ser posto de lado sempre que o bloco toma decisões importantes.
Anna Donáth, a principal candidata do partido Momentum, afirmou que defender o Estado de direito significa defender a verdadeira soberania e as liberdades individuais.