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Vaga de calor na Grécia já fez seis mortos ou desaparecidos entre turistas estrangeiros

Autoridades desaconselham visitas a locais arqueológicos, como a Acrópole
Autoridades desaconselham visitas a locais arqueológicos, como a Acrópole Direitos de autor Petros Giannakouris/AP
Direitos de autor Petros Giannakouris/AP
De  Symela Touchtidou
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Autoridades avisam os turistas para não fazerem caminhadas ou visitarem locais arqueológicos debaixo de fortes temperaturas.

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A primeira vaga de calor a atingir a Grécia este verão teve um saldo trágico.

Seis turistas estrangeiros morreram ou desapareceram depois de terem feito caminhadas com temperaturas a rondar os 40 graus Celsius.

Embora as temperaturas tenham diminuído desde então, continuam a ser muito superiores a 30 graus na maior parte do país e a sensação térmica pode ser bastante mais elevada. Por isso, o Ministério da Saúde avisa os visitantes para não subestimarem o perigo.

Diz Adonis Georgiadis, ministro grego da Saúde: "As pessoas têm de compreender que as alterações climáticas são reais e que têm de ter muito cuidado. Tivemos casos de viajantes estrangeiros que perderam a vida na Grécia. Perderam a vida porque subestimaram o fenómeno. O fenómeno não deve ser subestimado por ninguém. As temperaturas elevadas serão cada vez mais frequentes, as pessoas devem ter isso em conta e não correr riscos desnecessários".

O fenómeno das alterações climáticas não deve ser subestimado por ninguém.
Adonis Georgiadis
Ministro grego da Saúde

Com as temperaturas elevadas, as atividades ao ar livre, como caminhadas, passeios de bicicleta ou visitas a locais arqueológicos podem constituir um verdadeiro perigo para a vida, especialmente para os idosos, uma vez que podem causar exaustão pelo calor e até mesmo insolação.

Alguns cientistas afirmam que o que está a acontecer na Grécia é também um sinal de alerta para o impacto do calor extremo no cérebro, podendo causar confusão, afetar a capacidade de decisão das pessoas e até a perceção do risco.

A maioria das pessoas tende a subestimar o risco, a tomar precauções ligeiras e a insistir em visitar certos locais, mesmo se a hora não é a mais adequada.

Conta Chris Nelson, turista britânico: "Vindo de Inglaterra, é bom ter tempo quente. Nunca me queixo do bom tempo, por isso acho que estou a aproveitar, bebo muita água. Tenho um saco pesado cheio de água, por isso até trouxe água a mais. Acho que se tomarmos as precauções normais, não há problema. Obviamente, quanto mais velhas as pessoas são, mais vulneráveis se sentem".

Esta vaga de calor, ainda na primeira metade do ano, apanhou de surpresa tanto os visitantes como as autoridades gregas. As autoridades estão a avisar os utilizadores dos trilhos do país, especialmente nas ilhas, para terem muito cuidado e estarem atentos às previsões de temperatura antes de se lançarem numa caminhada. Ao mesmo tempo, em colaboração com as empresas de telecomunicações gregas, está a ser estudada a instalação de uma aplicação especial nos telemóveis que permita a geolocalização das pessoas que utilizam os trilhos.

À medida que o tempo aquece de ano para ano, os turistas precisam de ajustar o calendário para garantir que as viagens não acabam por colocar as suas vidas em perigo.

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