A recandidatura de Joe Biden à Presidência dos Estados Unidos tem gerado muita controvérisa. As preocupações sobre o estado de saúde do presidente aumentaram após o desempenho desastroso de Biden no debate contra o seu adversário republicano Donald Trump.
PUBLICIDADEO relógio não pára para o atual presidente dos EUA, Joe Biden, que é cada vez mais pressionado, até dentro do próprio partido para se retirar da corrida presidencial.
Apesar de todas as especulações sobre a sua reeleição, Biden mantém-se firme, prometendo continuar a concorrer ao cargo presidencial.
"Deixem-me dizer isto da forma mais clara possível, simples e direta: Estou a concorrer, ninguém me está a empurrar para fora", disse Biden à sua equipa esta semana. "Não me vou embora. Estou nesta corrida até ao fim e vamos ganhar", acrescentou.
Biden e a sua equipa apresentaram uma série de desculpas para o seu péssimo desempenho na CNN contra Donald Trump, desde uma alegada "constipação" até ao jet lag que sofreu depois de ter viajado para França, Califórnia e, depois, Itália, antes de descansar no seu retiro em Camp David.
Biden chegou a Camp David a 20 de junho, sete dias antes do debate.
Até à data, dois deputados democratas fizeram um apelo para que Biden desistisse da candidatura. E, um importante aliado político sugeriu, em público, que o partido poderia escolher outra pessoa.
'Conversa direta e clara'
Os conselheiros de Biden, também disseram acreditar que o presidente precisasse apenas de mais alguns dias para mostrar que estava à altura do desafio.
O senador do Delaware Chris Coons, o aliado mais próximo do presidente no Capitólio, afirma que Biden compreendeu claramente a urgência, a dificuldade e a importância da eleição.
"Tivemos uma conversa direta, aberta e clara sobre o debate, os seus pensamentos sobre o que aconteceu e porque é que não foi a sua melhor noite ou o seu melhor debate", disse o senador.
"Ele queria conselhos. Estava a pedir sinceramente opiniões e comentários sobre o que deveria fazer para restaurar a confiança e o apoio, e qual o melhor caminho a seguir", acrescentou.
Desde então, o senador Coon aconselhou o presidente a realizar mais eventos abertos e sem guião para reforçar a confiança na sua candidatura.
No entanto, o cofundador da Netflix, Reed Hastings, que é um importante apoiante democrata, apelou ao presidente para retirar a sua candidatura.
Segundo o New York Times, "Biden precisa de se afastar para permitir que um líder democrata vigoroso vença Trump e nos mantenha seguros e prósperos". De acordo com o jornal, Biden terá dito aos seus aliados mais próximos que tem apenas alguns dias para convencer os membros do partido e os eleitores da sua aptidão para o cargo. Se não o conseguir fazer, a sua candidatura pode estar em perigo.
O deputado Jim Clyburn, um amigo e confidente de longa data de Biden, também disse que apoiaria uma "mini-primária" no período que antecede a Convenção Nacional Democrata no próximo mês, se Biden desistisse da reeleição.
O democrata da Carolina do Sul, deu a entender que uma escolha alternativa poderá surgir entre os democratas antes da convenção formal do partido, que deverá ter início a 19 de agosto em Chicago.
Dito isto, a maioria dos legisladores democratas está a adotar uma atitude de "esperar para ver" em relação a Biden, aguardando novas sondagens e a entrevista de Biden à ABC News.