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Iémen responde ao ataque israelita ao porto de Hodeida

Fumo e chamas erguem-se de um local em Hodeidah após um ataque israelita, 20 de julho de 2024
Fumo e chamas erguem-se de um local em Hodeidah após um ataque israelita, 20 de julho de 2024 Direitos de autor AP/AP
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De  Euronews com AP
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Artigo publicado originalmente em inglês

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Hodeida não é um "porto inocente", acrescentando que é o principal ponto de entrada no Iémen para as armas do principal apoiante regional dos Houthis, o Irão.

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Os Houthis do Iémen já responderam ao ataque israelita ao porto de Hodeida, com o lançamento de um míssil contra território israelita na manhã deste domingo. O projétil foi intercetado pelas defesas de Israel.

O exército israelita (IDF) diz ter atingido vários alvos Houthi no oeste do Iémen, no sábado, em resposta a um ataque de drone reivindicado pelo grupo rebelde que matou uma pessoa em Telavive na sexta-feira.

Vários "alvos militares" foram atingidos na cidade portuária ocidental de Hodeida, disse o IDF, acrescentando que o ataque foi uma retaliação por "centenas de ataques realizados contra o estado de Israel nos últimos meses".

O governo Houthi na capital Sana'a disse que foram atingidas instalações de armazenamento de petróleo, bem como uma central energética. Segundo um balanço provisório, o ataque israelita fez, pelo menos, seis mortos e oitenta feridos, muitos dos quais com queimaduras severas.

Um porta-voz dos Houthis criticou aquilo a que chamou "agressão flagrante" por parte de Israel.

"As Forças Armadas iemenitas confirmam que responderão a esta agressão flagrante e, com a ajuda de Deus, não hesitarão em atingir os alvos vitais do inimigo israelita e reafirmam a sua declaração anterior sobre a declaração da área ocupada de Jaffa como zona insegura", disse o Brigadeiro-General Yahya Saree.

Num discurso transmitido pela televisão no sábado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que Hodeida não é um "porto inocente", acrescentando que é o principal ponto de entrada no Iémen para as armas do principal apoiante dos Houthis, o Irão.

"Tal como o Hamas e o Hezbollah, os Houthis são parte integrante do eixo do mal do Irão. Este eixo não actua apenas contra Israel, mas ameaça a paz do mundo inteiro. Israel espera que a comunidade internacional aumente os seus esforços contra o Irão e os seus representantes, para travar a agressão do Irão e proteger a liberdade de navegação internacional", afirmou.

O porta-voz militar israelita, Daniel Hagari, afirmou que o ataque a Hodeida foi "uma ação exclusiva do IDF" e que não houve envolvimento de outras partes.

"Os ataques dos Houthi são atos de agressão, uma violação do direito internacional e uma ameaça à paz e à segurança internacionais. Hoje, Israel intensificou as suas ações em autodefesa contra estes ataques", afirmou.

Manifestação Houthi em Sana'a
Manifestação Houthi em Sana'aOsamah Abdulrahman/AP

Os ataques israelitas terão sido os primeiros em solo iemenita desde o início da guerra com o Hamas, em outubro, e ameaçam abrir uma nova frente na região, numa altura em que Israel combate os representantes do Irão, incluindo o Hezbollah no Líbano e grupos de milícias dispersos na Síria.

O ataque de sábado ocorre depois de os Houthis terem reivindicado a responsabilidade por um ataque de drone que atingiu uma parte do centro de Telavive, perto da Embaixada dos Estados Unidos, na madrugada de sexta-feira. Uma pessoa foi morta, um homem de 50 anos que se tinha mudado recentemente da Bielorrússia para Israel, e outras 10 ficaram feridas.

Os Houthis lançaram repetidamente drones e mísseis contra Israel ao longo dos nove meses de guerra, alegando que o faziam em solidariedade com o povo palestiniano.

Pela mesma razão, o grupo também atacou navios no Mar Vermelho que alega estarem ligados a Israel, mas a maioria dos navios atingidos pouco ou nada tem a ver com Israel.

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