Dois atletas de triatlo, dos quatro membros da equipa portuguesa que nadaram na competição de triatlo no rio Sena, adoeceram entre preocupações sobre a qualidade da água do rio.
PUBLICIDADEVasco Vilaça e Melanie Santos desenvolveram infeções gastrointestinais depois de nadarem no rio Sena, a 5 de agosto, durante a competição de triatlo nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Os sintomas de Vilaça são mais fortes do que os de Melanie Santos, segundo o Comité Olímpico de Portugal (COP): "O seu estado clínico é estável e a equipa de saúde do COP está a tomar todas as medidas de acompanhamento e tratamento conservador do atleta na Aldeia Olímpica", refere o comunicado publicado esta quarta-feira.
O COP acrescentou: "Nos últimos dias, a atleta Melanie Santos também desenvolveu sintomas semelhantes, mas numa forma menos aguda".
A Bélgicanão participou na estafeta mista de triatlo em Paris, na segunda-feira, depois de a atleta Claire Michel ter ficado doente e se ter retirado da competição.
Para além de Michel, outros três triatletas - dos mais de 100 que competiram nas provas masculina e feminina de 31 de julho - ficaram doentes nos dias seguintes, embora não seja claro se a água foi a culpada.
Salvo raras exceções, a natação no Sena é proibida desde 1923 porque a água é demasiado tóxica.
Paris empreendeu um plano ambicioso, que incluiu 1,4 mil milhões de euros em melhorias das infra-estruturas para garantir a realização de alguns eventos de natação no rio.
O investimento incluiu a construção de uma bacia gigante para captar o excesso de águas pluviais e impedir que as águas residuais fluam para o rio, a renovação das infraestruturas de esgotos e a modernização das estações de tratamento de águas residuais.