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Conselheiro de Zelenskyy nega envolvimento da Ucrânia nas explosões do Nord Stream

Fuga de gás no Mar Báltico proveniente do Nord Stream fotografada a partir do avião da Guarda Costeira sueca
Fuga de gás no Mar Báltico proveniente do Nord Stream fotografada a partir do avião da Guarda Costeira sueca Direitos de autor Swedish Coast Guard via AP, File
Direitos de autor Swedish Coast Guard via AP, File
De  Euronews
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Mykhailo Podolyak diz que só a Rússia tinha na altura os meios técnicos e financeiros para concretizar as explosões. Wall Street Journal noticiou que Zelenskyy terá aprovado a operação de rebentamento e tentou depois, sem sucesso, cancelá-la após intervenção da CIA.

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Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente da Ucrânia, nega o envolvimento do seu país nas explosões que causaram danos aos gasodutos Nord Stream e culpa a Rússia pelo sucedido.

"Tal ato só pode ser levado a cabo com amplos recursos técnicos e financeiros... e quem possuía tudo isto na altura do bombardeamento? Só a Rússia”, afirmou Podolyak à Reuters, num comentário escrito, sublinhando que a Ucrânia não obteve qualquer vantagem estratégica ou tática.

“A Ucrânia não tem nada a ver com as explosões do Nord Stream”, asseverou Podolyak.

WSJ: Zelenskyy aprovou explosões

Na sexta-feira, o Wall Street Journal noticiou que funcionários ucranianos estiveram envolvidos nas explosões que aconteceram em setembro de 2022, e que provocaram quatro fugas: duas na zona dinamarquesa e duas na zona sueca.

De acordo com o jornal norte-americano, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, terá aprovado a operação de rebentamento e, mais tarde, tentou, sem sucesso, cancelá-la após uma intervenção da CIA. A operação terá sido efetuada sob a supervisão de Valerii Zaluzhnyi, antigo comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia.

Os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia consideraram as epxlosões um ato deliberado de sabotagem. A Rússia afirmou que os Estados Unidos e os seus aliados tinham um interesse direto no incidente que cortou em grande parte o acesso do gás russo ao lucrativo mercado europeu. Além de Kiev, Washington e Londres também negaram qualquer participação nos rebentamentos.

Alemanha pede prisão de mergulhador ucraniano

A Alemanha emitiu um mandado de captura europeu contra um instrutor de mergulho ucraniano pelo seu alegado envolvimento na sabotagem dos gasodutos Nord Stream no Mar Báltico, avançaram alguns meios de comunicação social da Alemanha.

Os investigadores alemães acreditam que o homem fazia parte de uma equipa que, em setembro de 2022, colocou engenhos explosivos na rota do gasoduto que transporta gás natural da Rússia para a Alemanha. A lei alemã não permite a publicação do apelido do suspeito.

A investigação jornalística na Alemanha refere que o suspeito é um instrutor de mergulho, que vivia na cidade de Pruszków, a oeste de Varsóvia, na Polónia, mas recentemente terá passado à clandestinidade. Não se sabe se regressou à Ucrânia.

O Ministério Público polaco disse à AFP que tinha recebido o mandado de captura de um homem chamado “Volodymyr Z.” em junho “em ligação com um processo contra ele na Alemanha”.

“Achamos estranho que a pessoa tenha sido procurada pelo lado alemão, mas que a detenção planeada não tenha sido anunciada nem registada no sistema Schengen. É por isso que esta pessoa pôde simplesmente sair do país, o que também achamos estranho”, salientou Piotr Skiba, procurador local de Varsóvia.

O facto de o suspeito ser um cidadão ucraniano é uma coisa, mas não é nada que me permita tirar conclusões sobre a participação dos Estados. No entanto, pelo menos há sucessos na busca e agora na investigação”, notou Ralf Stegner, deputado do partido no governo alemão SPD.

A investigação sobre as exposões no gasoduto Nord Stream é uma prioridade da Alemanha, mas os seus resultados não prejudicarão as relações com a Ucrânia, afirmou o porta-voz adjunto do governo federal alemão, Wolfgang Büchner.

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