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Quatro reclusos com ligação ao Estado Islâmico abatidos depois de tomarem reféns em prisão russa

Prisão de alta segurança na Rússia
Prisão de alta segurança na Rússia Direitos de autor EVGENIY MALOLETKA/
Direitos de autor EVGENIY MALOLETKA/
De  Serge Duchêne
Publicado a Últimas notícias
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Artigo publicado originalmente em francês

Quatro reclusos foram mortos depois de tomarem reféns e terem assassinado quatro funcionários da colónia penal.

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A Rosgvardiya, Guarda Nacional da Rússia, revelou que as forças especiais mataram quatro prisioneiros na colónia penal IK-19 na cidade de Surovikino, na região de Volgogrado, durante uma operação na tarde desta sexta-feira, informou a agência russa Interfax. Segundo os serviços penitenciários russos, outras quatro pessoas morreram, funcionários do estabelecimento prisional que sofreram ferimentos de arma branca infligidos pelos reclusos que tomaram reféns.

"Atiradores de elite das unidades especiais das forças especiais da Rosgvardiya na região de Volgogrado neutralizaram quatro prisioneiros que tinham feito reféns entre os funcionários do estabelecimento prisional, com quatro tiros precisos. Os reféns foram libertados", refere a agência.

Terão sido quatro reclusos da colónia de segurança máxima com alegadas ligações ao grupo terrorista Estado Islâmico a tomar os reféns. O site Meduza refere que os prisioneiros declararam que se estavam a vingar “dos irmãos muçulmanos” detidos pelo ataque terrorista à sala de espetáculos nos arredores de Moscovo, o Crocus City Hall.

As agências russas noticiaram ao início do dia que um dos trabalhadores da colónia penal tinha sido morto durante a tomada de reféns.

Um vídeo explícito, não autenticado, que circula em vários canais russos do Telegram, mostra pelo menos três sequestradores brandindo facas e de pé sobre o que pareciam ser guardas prisionais feridos ou mortos, deitados numa poça de sangue.

Um dos sequestradores afirma no vídeo que o grupo é afiliado ao Estado Islâmico. De acordo com vários canais (Baza, Mash, Shot - este último supostamente ligado às forças de segurança russas), os atacantes exigiram um helicóptero e dois milhões de dólares.

Forças de segurança colocadas à prova pela guerra e repressão?

Tal como os meios de comunicação social referiram, a Rússia sofreu recentemente uma série de ataques terroristas islâmicos, o que levanta a questão de saber se as suas vastas agências de segurança foram distraídas pela invasão da Ucrânia e pela repressão interna da dissidência contra a guerra.

Um ramo regional afegão do Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade por um tiroteio em massa numa sala de concertos perto de Moscovo, o ataque terrorista mais mortífero dos últimos anos no país, que causou pelo menos 145 mortos e 551 feridos.

Em junho, uma sinagoga foi atacada na cidade de Derbent, enquanto uma igreja ortodoxa foi alvo de atiradores mais a sul, em Makhatchkala, no Daguestão. Pelo menos dezanove pessoas foram mortas, incluindo um padre ortodoxo e quinze polícias, segundo as autoridades, que denunciaram estes atos como “atos terroristas”.

Por último, levantando novas questões sobre as medidas de segurança nas prisões russas, as forças de segurança tiveram de invadir um centro de detenção no sul da Rússia, também em junho, matando seis reclusos que tinham feito reféns dois funcionários. Entre os presos encontravam-se homens acusados de terem ligações ao autointitulado grupo Estado Islâmico.

Outras fontes • BBC, Meduza, The Guardian, Le Figaro

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