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Estudantes italianos "penduram" figura de Musk na praça onde Mussolini foi executado

Elon Musk discursa num desfile de tomada de posse presidencial em Washington, DC.
Elon Musk discursa num desfile de tomada de posse presidencial em Washington, DC. Direitos de autor  Matt Rourke/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
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De Andrew Naughtie
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Elon Musk tem suscitado indignação internacional pela sua maior aproximação ao extremismo ideológico, incluindo o gesto que se pareceu com com a saudação nazi, feito perante uma multidão em Washington, na segunda-feira.

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Estudantes universitários italianos penduraram uma imagem de Elon Musk na Piazzale Loreto, em Milão.

A figura corresponde a um boneco de cabeça para baixo, feito de sacos do lixo, e pretende evocar o enforcamento do ditador fascista italiano Benito Mussolini na mesma praça, em 1945.

Segundo a agência italiana ANSA, os manifestantes pertencem a um coletivo de esquerda conhecido como Cambiare Rotta, ou Mudança de Rumo.

O grupo, que se identifica como comunista, publicou a imagem nas redes sociais, e escreveu que "há sempre lugar na Piazzale Loreto, Elon".

Musk, que abraçou publicamente a política de extrema-direita desde que comprou o Twitter e o rebatizou de X, tem suscitado cada vez mais indignação pelas suas declarações e comportamentos.

Depois de ter apoiado o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) nas eleições alemãs e de ter apelado à libertação do ativista britânico anti-muçulmano e anti-imigração Tommy Robinson, Musk foi condenado esta semana por ter reproduzido o que pareciam ser várias saudações nazis, perante uma multidão em Washington.

Alguns afirmaram que estava simplesmente a fazer o gesto num ato de exuberância descontrolada.

A Liga Anti-Difamação, uma ONG internacional conhecida pela sua campanha contra o antissemitismo, disse num comunicado na segunda-feira que Musk fez um "gesto estranho num momento de entusiasmo, não uma saudação nazi".

No seu primeiro dia de mandato, Donald Trump perdoou mais de mil pessoas que atacaram violentamente o Capitólio dos EUA em janeiro de 2021, numa tentativa de anular a vitória eleitoral de Joe Biden.

Entre os indultados estavam os líderes dos Proud Boys, um gangue extremista, que tinham sido condenados por acusações de conspiração devido ao seu papel no motim.

O facto do grupo ter marchado em Washington, após quatro anos de relativa omissão da esfera pública, foi apontado como um sinal de que os extremistas americanos, incluindo os que têm fortes redes internacionais, foram significativamente encorajados pela dinâmica política nos EUA - e pela crescente adesão de Musk à sua retórica, online e não só.

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