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Conselheiro de Segurança Nacional de Trump assume "total responsabilidade" por fuga de informação no Signal

ARQUIVO: O conselheiro de segurança nacional de Trump, Mike Waltz, ouve uma pergunta de um repórter na Casa Branca, em Washington, 20 de fevereiro de 2025
ARQUIVO: O conselheiro de segurança nacional de Trump, Mike Waltz, ouve uma pergunta de um repórter na Casa Branca, em Washington, 20 de fevereiro de 2025 Direitos de autor  AP Photo/Alex Brandon
Direitos de autor AP Photo/Alex Brandon
De Tamsin Paternoster
Publicado a Últimas notícias
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Waltz disse não conseguir explicar como é que o chefe de redação da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, foi incluído na conversa de grupo, naquilo a que o presidente dos EUA chamou uma "pequena falha".

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O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos (EUA), Mike Waltz, assumiu toda a responsabilidade pela conversa de grupo em que altos funcionários da administração Trump criticaram a Europa enquanto planeavam ataques contra os rebeldes Houthi no Iémen.

"Assumo toda a responsabilidade. Fui eu que criei o grupo", disse Waltz à Fox News na terça-feira, acrescentando que não sabia como é que o editor-chefe da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, que divulgou pormenores do texto, foi adicionado.

"É embaraçoso", admitiu Waltz sobre a fuga de informação que, segundo os críticos, pôs em risco a segurança nacional dos EUA.

Os seus comentários surgem um dia depois de Goldberg ter informado que um utilizador chamado Mike Waltz o tinha adicionado ao chat do Signal.

Num artigo que deu origem à controvérsia, Goldberg diz ter visto planos militares confidenciais para os ataques dos EUA no Iémen e conversas pormenorizadas entre membros da administração dos EUA em que estes criticavam o que diziam ser "o parasitismo europeu".

"Partilho totalmente a vossa aversão ao "parasitismo" europeu. É patético", terá dito o Secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, quando se discutia a forma como o desbloqueio das rotas comerciais através de ataques a alvos Houthi no Iémen beneficiaria mais a Europa do que os EUA.

O vice-presidente JD Vance, que questionou a necessidade de lançar ataques imediatos, afirmou: "Detesto ter de safar novamente a Europa".

Waltz não conseguiu explicar como Goldberg foi adicionado ao grupo, dizendo à Fox News que não conhecia o jornalista e que outro contacto, não identificado, deveria estar presente em vez de Goldberg.

Contrariou o presidente dos EUA, Donald Trump, ao dizer que um membro da sua equipa não era responsável.

Na terça-feira, Trump alegou que alguém que trabalhou com Waltz a um nível hierárquico inferior tinha o número de telefone de Goldberg.

O presidente dos EUA procurou minimizar o incidente, chamando-lhe uma "pequena falha" que acabou por "não ser grave".

Numa audiência no Senado, na terça-feira, a diretora dos serviços secretos dos EUA, Tulsi Gabbard, e o diretor da CIA, John Ratcliffe, negaram que tenham sido partilhadas quaisquer informações confidenciais na conversa, apesar de Goldberg ter afirmado que a mensagem incluía "informações precisas sobre pacotes de armas, alvos e calendário" de ataques iminentes contra os Houthis.

A fuga de informação provocou uma forte reação dos Democratas e de vários Republicanos, que condenaram o incidente como uma perigosa falha de segurança e questionaram a utilização da aplicação Signal, que não foi aprovada para a partilha de informações confidenciais.

Os líderes europeus mantiveram o silêncio sobre o desdém em relação ao velho continente revelado na conversa, que se baseia em anteriores comentários públicos de responsáveis norte-americanos criticando a Europa e exigindo que esta avance e financie a sua própria defesa sem depender do apoio de Washington.

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