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Novas tarifas globais de Trump entram em vigor

Contentores de carga enchem um navio no porto de Oakland, 6 de agosto de 2025
Contentores de carga enchem um navio no porto de Oakland, 6 de agosto de 2025 Direitos de autor  AP Photo/Noah Berger
Direitos de autor AP Photo/Noah Berger
De Malek Fouda
Publicado a Últimas notícias
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A medida surge depois de Washington ter suspendido as suas "tarifas recíprocas" durante quase quatro meses para permitir que os países negociassem acordos comerciais com os EUA.

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Os Estados Unidos (EUA) começaram a cobrar taxas de importação mais elevadas sobre bens provenientes de dezenas de países, quatro meses depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado pela primeira vez os seus planos para impor tarifas elevadas numa tentativa de remodelar o sistema de comércio global.

A partir de quinta-feira, os produtos provenientes de mais de 60 países, bem como da UE, entrarão nos EUA sujeitos a taxas que podem atingir os 50%, informou a Casa Branca.

A imposição de taxas específicas por país segue-se a meses de negociações comerciais frenéticas antes do prazo de agosto estabelecido por Trump.

No início de abril, o presidente norte-americano revelou uma série de "tarifas recíprocas", que foram suspensas por 90 dias e depois por mais quatro semanas.

Muitos países conseguiram reduzir as taxas iniciais através de acordos com Washington.

Após acordos com a administração Trump, a União Europeia (UE) e o Japão terão as suas exportações para os Estados Unidos taxadas a 15%, abaixo das taxas anteriores de 30% e 25%, respetivamentem que a Casa Branca ameaçou impor.

Por outro lado, os países asiáticos, incluindo a Indonésia, o Paquistão, as Filipinas e o Vietname, aceitaram taxas de cerca de 20%.

Outros países enfrentam taxas mais elevadas, com o Laos, bem como Myanmar e a Síria, países devastados pela guerra, a serem afetados por direitos aduaneiros de, pelo menos, 40%.

Entretanto, os produtos oriundos do Brasil estão a ser tributados a 50%, em parte devido ao descontentamento de Trump relativamente ao tratamento dado pelo país ao antigo presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

Incerteza mantém-se

A administração Trump deu a alguns parceiros comerciais, incluindo a Índia e a China, mais tempo para fecharem acordos.

O presidente dos EUA ainda não anunciou se vai prolongar o prazo de 12 de agosto para chegar a um acordo comercial com a China que evitaria ameaças anteriores de tarifas até 245%.

A Índia também não tem um acordo comercial alargado com Trump.

Na quarta-feira, Trump assinou uma ordem executiva que poderá aumentar a taxa de direitos aduaneiros da Índia de 25% para 50%, devido à continuação da compra de petróleo russo. Washington deu 21 dias ao país para responder.

De acordo com os exportadores indianos, estes direitos aduaneiros irão prejudicar gravemente a sua capacidade de competir com os países que enfrentam taxas mais baixas.

Um organismo de topo que monitoriza as exportações indianas adiantou na quinta-feira que os direitos aduaneiros terão impacto em cerca de 55% das exportações do país para a América e farão com que os exportadores percam os seus clientes de longa data.

"Absorver esta súbita escalada de custos é simplesmente inviável. As margens já são reduzidas", afirmou S.C. Ralhan, presidente da Federação das Organizações de Exportação da Índia, num comunicado.

A Suíça também está entre os países que não chegaram a um acordo comercial com Washington.

O Conselho Federal, órgão executivo da nação europeia, deveria realizar uma reunião de emergência na quinta-feira, depois de a presidente Karin Keller-Sutter e outros altos funcionários suíços terem regressado de uma viagem organizada à pressa a Washington, com o objetivo de reduzir as tarifas de 39% aplicadas por Trump.

Na sua conta no X, Keller-Sutter publicou fotos de reuniões com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio - com quem a sua equipa discutiu as tarifas e outras questões - bem como com líderes empresariais americanos e suíços.

A presidente suíça não fez qualquer referência a qualquer acordo para reduzir as tarifas dos EUA sobre os produtos suíços, que estão entre as mais altas impostas a qualquer país pela administração Trump.

Outras fontes • AP

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