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França envia reforços para o combate ao tráfico de droga nas Caraíbas

O USS John S. McCain, à esquerda, está atracado ao lado do USS America na Base Naval de Changi, em Singapura, terça-feira, 22 de agosto de 2017.
O USS John S. McCain, à esquerda, está atracado ao lado do USS America na Base Naval de Changi, em Singapura, terça-feira, 22 de agosto de 2017. Direitos de autor  Copyright 2017 The Associated Press. All rights reserved.
Direitos de autor Copyright 2017 The Associated Press. All rights reserved.
De Christina Thykjaer & Euronews en español
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A decisão da França faz parte de uma ofensiva internacional contra as redes de tráfico de droga nas Caraíbas. O destacamento coincide com o envio de navios americanos para a região, aumentando a pressão militar e diplomática sobre o governo de Nicolás Maduro.

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No meio de tensões crescentes com a Venezuela, a França decidiu juntar-se aos Estados Unidos para reforçar a vigilância das Caraíbas, enviando mais navios para Guadalupe, o seu território ultramarino, anunciou o ministro dos Territórios Ultramarinos, Manuel Valls.

A decisão surge depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter intensificado o envio de navios militares norte-americanos para as águas próximas da Venezuela para combater o tráfico de droga, em particular a atividade do Cartel dos Sóis, uma decisão que gerou fortes reações tanto na Venezuela como nos países vizinhos.

Na semana passada, Trinidad e Tobago manifestou o seu apoio à operação naval americana, afirmando que o crime organizado e o tráfico de droga representam uma ameaça direta à segurança de todas as Caraíbas.

Kamla Persad-Bissessar, primeira-ministra da ilha caribenha, chegou mesmo a dizer que emprestaria as suas águas e o seu território às operações dos EUA contra o presidente venezuelano Nicolas Maduro se Washington o solicitasse para defender a Guiana.

Uma estratégia de cooperação internacional

A França, por seu lado, justificou o seu reforço naval no âmbito de uma estratégia de cooperação internacional contra as redes criminosas que operam na zona e sublinhou a necessidade de proteger os seus territórios ultramarinos, nomeadamente Guadalupe e Martinica, frequentemente utilizados como pontos de trânsito do tráfico de droga para a Europa.

Em Caracas, a presença de navios militares estrangeiros nas águas das Caraíbas é interpretada como uma pressão adicional sobre a administração de Nicolás Maduro, já em desacordo diplomático tanto com Washington como com várias capitais europeias.

No fim de semana passado, Maduro ordenou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em resposta ao anúncio dos EUA de enviar navios de guerra para as Caraíbas.

Washington endureceu a sua estratégia contra o crime organizado em fevereiro deste ano, classificando vários dos cartéis mais poderosos do México como organizações terroristas, incluindo o Jalisco Nueva Generación, del Noreste, Nueva Familia Michoacana e del Golfo, bem como a Mara Salvatrucha em El Salvador.

Na mesma lista estão também o Tren de Aragua e o Cartel de los Soles (Cartel dos Sóis), que, segundo a Casa Branca, está sob o controlo de Maduro.

Equador e Paraguai também alertaram que o Cartel dos Sóis opera como uma rede criminosa de alcance transnacional, envolvida em rotas de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e aumento da violência em diferentes partes da região.

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