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Forças israelitas atacam Cidade de Gaza. Ministro da Defesa de Israel diz que "Gaza está a arder"

Palestinianos caminham no meio do pó levantado por ataque israelita na Cidade de Gaza na segunda-feira, 15 de setembro
Palestinianos caminham no meio do pó levantado por ataque israelita na Cidade de Gaza na segunda-feira, 15 de setembro Direitos de autor  Yousef Al Zanoun/AP
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De Euronews com AP
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Secretário de Estado dos EUA esteve em Israel e é esperado agora no Qatar, admitindo que a guerra em Gaza está "num momento crucial".

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O ministro da Defesa de Israel disse esta terça-feira que "Gaza está a arder", após ataques pesados terem atingido a Cidade de Gaza durante a noite. O chefe da diplomacia dos EUA, Marco Rubio, admitiu que estaria em curso uma operação intensiva contra a maior cidade da Faixa de Gaza.

Rubio prepara-se para viajar para o Qatar, onde deverá reunir-se com autoridades locais ainda indignadas com o ataque de Israel na semana passada, que matou cinco membros do Hamas e um agente de segurança local. Embora as nações árabes e muçulmanas tenham condenado o ataque numa cimeira na segunda-feira, não foi tomada qualquer medida significativa contra Israel.

Rubio, falando aos jornalistas ao deixar Israel rumo ao Qatar, sugeriu que a ofensiva israelita na Cidade de Gaza tinha começado.

"Como viram, os israelitas começaram a realizar operações naquele local. Portanto, achamos que temos um prazo muito curto para que um acordo seja fechado”, disse Rubio. "Já não temos meses, provavelmente temos dias e talvez algumas semanas, então este é um momento crucial - um momento importante", salientou o secretário de Estado dos EUA.

"A nossa preferência, a nossa escolha número um, é que isto termine através de um acordo negociado", acrescentou, reconhecendo os perigos que uma campanha militar intensificada representava para Gaza.

"A única coisa pior do que uma guerra é uma guerra prolongada que dura para sempre", disse ainda Rubio. "Em algum momento, isto tem de acabar. Em algum momento, o Hamas tem de ser neutralizado, e esperamos que isso possa acontecer através de uma negociação. Mas acho que, infelizmente, o tempo está a esgotar-se", concluiu.

Ataques intensos na Cidade de Gaza

Os residentes palestinianos relataram ataques intensos em toda a cidade de Gaza na madrugada de terça-feira.

O Hospital Shifa, na Cidade de Gaza, recebeu os corpos de 12 pessoas mortas num ataque que atingiu várias casas na parte ocidental da cidade. Cerca de 90 feridos chegaram às instalações nas últimas horas, disse à AP Rami Mhanna, diretor-geral do hospital.

"Foi uma noite difícil", disse também à AP Radwan Hayder, um residente da cidade de Gaza que se refugiou perto do Hospital Shifa.

As forças armadas israelitas não responderam às perguntas diretas sobre se a ofensiva tinha começado. No entanto, Katz pareceu sinalizar que a ofensiva estava em curso numa publicação na plataforma social X.

"Gaza está a arder", escreveu Katz. "As forças armadas israelitas estão a atacar com mão de ferro as infraestruturas terroristas e os soldados israelitas estão a lutar heroicamente para criar as condições para a libertação dos reféns e a derrota do Hamas. Não vamos ceder e não vamos recuar — até à conclusão da missão".

Tanto Netanyahu como Rubio afirmaram na segunda-feira que a única forma de pôr fim ao conflito em Gaza é através da eliminação do Hamas e da libertação dos 48 reféns restantes - cerca de 20 dos quais se acredita estarem vivos -, deixando de lado os apelos a um cessar-fogo provisório a favor de um fim imediato do conflito.

O Hamas afirmou que só libertará os restantes reféns em troca de prisioneiros palestinianos, um cessar-fogo duradouro e a retirada israelita de Gaza.

A guerra em Gaza começou quando militantes liderados pelo Hamas invadiram o sul de Israel a 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, e sequestrando 251. A maioria dos reféns foi libertada desde então em cessar-fogos negociados em parte pelo Qatar ou outros acordos.

A ofensiva de retaliação de Israel matou pelo menos 64.871 palestinianos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que não informa quantos eram civis ou combatentes. O ministério, que faz parte do governo liderado pelo Hamas e é composto por profissionais médicos, afirma que mulheres e crianças representam cerca de metade dos mortos.

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