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Cerca de 1,8 milhões de portugueses vivem com menos de 632 euros por mês

Mulheres representam a maioria das pessoas em situação de pobreza em Portugal (56%)
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De Inês dos Santos Cardoso
Publicado a Últimas notícias
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Esta sexta-feira assinala-se o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. Apesar da taxa de risco de pobreza ou exclusão social ter diminuído no país, este continua a ser um "problema estrutural", refere a EAPN Portugal.

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A taxa de risco de pobreza ou exclusão social em Portugal é a mais baixa desde 2015. Ainda assim, cerca de 1,8 milhões de portugueses vivem em famílias com um rendimento mensal inferior a 632 euros, segundo um relatório da Pordata divulgado esta sexta-feira, Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

A mesma fonte, na qual constam dados até 2023, indica que os idosos são o grupo etário em que a taxa de risco de pobreza mais tem aumentado, tendo passado de 17,1%, em 2022, para 21,1%, em 2023. Verifica-se que um em cada cinco idosos em Portugal vive sozinho com um rendimento bruto inferior a 632 euros, ou faz parte de um agregado familiar em situação de pobreza.

Depois das famílias monoparentais com crianças, que continuam a ser “as que revelam maior vulnerabilidade”, destaca a Pordata, seguem-se as pessoas que vivem sozinhas - estas registam um agravamento da taxa de risco de pobreza que passou de 24,9%, em 2022, para 28,6%, em 2023.

Já 44% dos desempregados residentes em Portugal encontram-se em agregados familiares com rendimentos abaixo do limiar de pobreza.

Oeiras lidera no rendimento médio mensal

A região metropolitana de Lisboa lidera a tabela dos residentes em Portugal com rendimentos médios mensais mais elevados (1.375 euros), com o munícipio de Oeiras a registar o maior rendimento médio (1.637 euros). Por outro lado, a região do Tâmega e Sousa regista o valor mais baixo (883 euros).

Segundo dados do relatório "Pobreza e Exclusão Social 2025", no âmbito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, o arquipélago dos Açores é outra das regiões mais vulneráveis do país com 28,4% da população em risco de pobreza ou exclusão social. Também a península de Setúbal se destaca como a região mais vulnerável no Continente (21,8%).

A EAPN Portugal "sublinha que o número absoluto de pessoas em risco [de pobreza] se mantém, de forma persistente, acima dos dois milhões" e que tal reforça que "a pobreza continua a ser um problema estrutural do país". Refere, ainda, que as mulheres continuam a representar a maioria das pessoas em situação de pobreza (56%).

A nível da União Europeia, Portugal ocupa a 19º posição entre os 27 países do bloco no rendimento mediano mensal das famílias, tendo sido ultrapassado pela Letónia. Este ranking é liderado pelo Luxemburgo e pela Dinamarca, países com os rendimentos mais elevados.

Na quinta-feira, 16 de outubro, assinalou-se o Dia Mundial da Alimentação, com as Nações Unidas a estimarem que 8,2% da população mundial — cerca de 673 milhões de pessoas — tenha enfrentado a fome em 2024.

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