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Grécia apoia Portugal no Conselho de Segurança da ONU

A reunião na Mansão Maximou
A reunião na Mansão Maximou Direitos de autor  Γραφείο Τύπου Πρωθυπουργού Ελλάδας
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De Georgios Aivaliotis & Euronews com ΑΠΕ-ΜΠΕ
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No encontro entre os dois chefes da diplomacia, Giorgios Gerapetritis prometeu apoiar Portugal para suceder à Grécia no Conselho de Segurança da ONU. Paulo Rangel encontrou-se também com o primeiro-ministro Kyriakos Mitzotakis.

A Grécia prometeu apoiar Portugal na candidatura ao Conselho de Segurança da ONU em 2027. As relações bilaterais, os valores comuns que unem os dois países, a cooperação futura e o desenvolvimento do sul da Europa foram os temas discutidos durante a reunião entre o ministro dos Negócios Estrangeiros grego, Georgios Gerapetritis, e o homólogo português, Paulo Rangel.

Gerapetritis elogiou os "fortes laços de amizade entre os dois países" e afirmou que há muitos elementos em comum entre a Grécia e Portugal, tais como o empenhamento na resolução pacífica de litígios e a convergência na abordagem das questões de segurança na região alargada.

O chefe da diplomacia grega sublinhou que ambos os países atribuem especial importância à segurança marítima e à liberdade de navegação, bem como ao respeito pelo direito do mar. Afirmou ainda que existe um entendimento comum sobre questões relacionadas com guerras e crises como as que se desenrolam na Ucrânia, no Médio Oriente e em África.

Referiu-se também à evolução da situação em Gaza, sublinhando a posição comum dos dois países quanto ao pedido de assistência e à necessidade de todos trabalharem para manter o cessar-fogo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros grego, George Gerapetritis, à direita, dá as boas-vindas ao seu homólogo português, Paulo Rangel, durante a reunião em Atenas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros grego, George Gerapetritis, à direita, dá as boas-vindas ao seu homólogo português, Paulo Rangel, durante a reunião em Atenas. Petros Giannakouris/Copyright 2025 The AP. All rights reserved

Numa altura de crescente instabilidade geopolítica a nível mundial, os dois países estão de acordo quanto ao futuro da Europa e à sua autonomia, o que fará dela uma união geopolítica forte, ainda segundo o MNE grego.

Os dois países debateram formas de aprofundar a cooperação bilateral, concordaram na necessidade de reforçá-la e abordaram questões relacionadas com a proteção civil e a migração.

"Aguardamos com expetativa o Pacto Europeu sobre Migração, para que haja uma distribuição justa dos encargos entre os países da UE", afirmou Gerapetritis, acrescentando que a Grécia e Portugal trabalharão em conjunto com países terceiros para reduzir os fluxos migratórios.

Por último, descreveu Portugal como o sucessor natural da Grécia no Conselho de Segurança da ONU, afirmando que a Grécia apoiará a sua candidatura.

Portugal e Grécia, um percurso semelhante

Gerapetritis frisou ainda os vários pontos em comum entre a Grécia e Portugal, afirmando que ambos os países saíram de regimes totalitários na década de 1970, aderiram à UE na década de 1980 e passaram por uma crise económica. Citou ainda o Prémio Nobel português José Saramago, afirmando que "criar é muito mais emocionante do que destruir".

Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, começou a sua intervenção falando em grego, agradecendo ao primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis e a Gerapetritis pelo encontro que tiveram.

"Partilhamos a mesma visão do mundo", disse, elogiando a cooperação entre os dois países e a sua participação em organizações internacionais.

"São ambos países pequenos/médios da UE, mas têm uma enorme rede de ligações a nível mundial, uma vez que têm uma grande diáspora. É difícil melhorar ainda mais as relações bilaterais, porque atualmente são muito boas", afirmou, referindo-se à melhoria das ligações aéreas nos últimos anos.

Rangel referiu ainda que os dois países são portas de entrada para a UE e que a migração constitui um enorme desafio para os países europeus.

"Precisamos de mão de obra nos nossos países", afirmou, acrescentando que "somos contra a exploração de pessoas e a imigração ilegal, não contra a imigração".

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