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Rangel reitera apoio de Portugal a solução de dois estados durante visita a Israel

Ministro dos Negócios Estrangeiros português iniciou périplo pelo Médio Oriente esta segunda-feira
Ministro dos Negócios Estrangeiros português iniciou périplo pelo Médio Oriente esta segunda-feira Direitos de autor  AP Photo
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De Joana Mourão Carvalho
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O ministro dos Negócios Estrangeiros português avisou que o "direito humanitário é aplicável a todos", em declarações aos jornalistas, após o encontro com o homólogo israelita.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, esteve reunido, esta segunda-feira, com o seu homólogo israelita, Gideon Sa'ar, em Jerusalém, no âmbito de um périplo pelo Médio Oriente.

Após o encontro, numa conferência de imprensa conjunta, o chefe da diplomacia portuguesa realçou os aspetos positivos do acordo de cessar-fogo já alcançado, nomeadamente a libertação dos reféns israelitas e a entrega de ajuda humanitária aos palestinianos em Gaza, mas deixou um aviso: "O direito humanitário é aplicável a todos."

Por isso, ao mesmo tempo que expressava solidariedade com a defesa de Israel perante ameaças externas como o Hamas, Paulo Rangel vincou que a posição inequívoca de Portugal é a da promoção da solução dos dois estados.

"Os portugueses acreditam na solução de dois estados e num cessar-fogo", frisou Rangel, sublinhando a importância dos "esforços de diálogo" e apelando a "todos os atores internacionais" que ajudem a dar "passos neste sentido".

Na sua intervenção, ao lado do ministro israelita, Paulo Rangel fez questão de sublinhar que Portugal está comprometido simultaneamente com Israel e com a Palestina.

"Temos em Israel um amigo e acreditamos num futuro estado da Palestina", afirmou, acrescentando: "Queremos que haja paz nesta região."

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros português, a solução dos dois estados é "a única forma de alcançar um acordo de paz duradouro e garantir a segurança de Israel".

Rangel reconheceu que o "acordo é bastante frágil, mas ainda assim é um farol de esperança". E apesar do "sinal extraordinário" da libertação de reféns por parte do Hamas, lembrou que existem cidadãos portugueses ou que têm ligações a Portugal que se encontram entre estes reféns. "Alguns já foram libertados, outros ainda aguardam a libertação", referiu.

O ministro português iniciou esta segunda-feira um périplo pelo Médio Oriente, com uma visita a Israel e a Ramallah na Cisjordânia. Em dúvida está ainda uma passagem pelo Líbano, de acordo com a agenda facultada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

Antes do encontro com o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Sa´ar, Rangel visitou o Yad Vashem – Museu do Holocausto, em Jerusalém.

Já esta tarde tem um encontro privado com famílias de reféns, seguindo-se uma reunião com o diretor da ONG Terrestrial Jerusalem, Daniel Seidemann, no Complexo Notre Dame, em Jerusalém.

Na terça-feira, Paulo Rangel encontra-se com o presidente de Israel, Isac Herzog, na residência oficial. Segue-se uma reunião com o Patriarca Latino de Jerusalém, Cardeal Pizzabala, e com o coordenador residente da ONU, Muhannad Hadi.

À tarde o ministro português segue para Ramallah, onde estará reunido com o primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana, Mohammad Mustafa. Depois visita o campo de refugiados de Amari.

A nota do MNE admite também uma ida do ministro ao Líbano na quarta-feira, ainda a confirmar.

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