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Polícia de Brookline intensifica buscas por suspeito do homicídio do professor do MIT, Nuno Loureiro

A crowd of people holding candles gather outside the home of Massachusetts Institute of Technology professor Nuno F.G. Loureiro in Brookline
A crowd of people holding candles gather outside the home of Massachusetts Institute of Technology professor Nuno F.G. Loureiro in Brookline Direitos de autor  Leah Willingham/Copyright 2025 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Leah Willingham/Copyright 2025 The AP. All rights reserved
De Manuel Ribeiro
Publicado a Últimas notícias
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A polícia aumentou as buscas pelo suspeito do homicídio do professor Nuno F.G. Loureiro, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, que foi baleado em sua casa no início da semana. FBI descarta ligação do suspeito em fuga ao tiroteio na Universidade Brown.

A polícia de Brookline disse, esta quarta-feira, que intensificou a procura pelo suspeito do homícidio de Nuno Loureiro, o professor de nacionalidade portuguesa que liderava o departamento de fusão nuclear do MIT desde março do corrente ano.

O professor, um físico e cientista de fusão nuclear de 47 anos, natural de Viseu, foi baleado na noite de segunda-feira no seu apartamento em Brookline, Massachusetts, e transportado em estado crítico para um hospital de Boston, onde acabou por morrer, informou o Ministério Público (MP) de Norfolk, na terça-feira.

Ainda de acordo com o MP, a polícia não encontrou qualquer suspeito até ao momento.

Teme-se que seja o mesmo autor do tiroteio na Universidade Brown, que está em fuga. A prestigiada instituição fica a apenas 80 quilómetros, em Providence, Rhode Island, e ainda está a recuperar do tiroteio não resolvido que matou dois estudantes e feriu outros nove no sábado. A polícia ainda não conseguiu identificar o atirador.

Contudo, o FBI descartou essa hipótese ao afirmar, na terça-feira, que não tinha conhecimento de qualquer ligação entre os dois crimes.

"Neste momento, parece não haver qualquer ligação com esse incidente específico", disse à imprensa o agente do FBI responsável pela investigação, Ted Docks.

Quem é Nuno Loureiro?

Nuno Loureiro ingressou no MIT em 2016 e foi nomeado no ano passado para liderar o Centro de Ciência do Plasma e Fusão do MIT, um dos maiores laboratórios da instituição, que contava com mais de 250 pessoas trabalhando em sete edifícios quando assumiu o comando.

O professor e investigador era casado e cresceu em Viseu, no centro de Portugal. Estudou em Lisboa antes de obter um doutoramento em Londres. Era investigador num instituto de fusão nuclear na capital portuguesa antes de chegar ao MIT.

Foi galardoado com três importantes prémios no campo da investigação: o Presidential Early Career Award for Scientists and Engineers (recebido este ano), o Prémio Thomas H. Stix da American Physical Society e o NSF Career Award.

A presidente do MIT, Sally Kornbluth, disse, num comunicado, que o assassinato foi uma "perda chocante".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também divulgou um comunicado de condolências, classificando a morte de Loureiro como "uma perda irreparável para a ciência e para todos aqueles com quem ele trabalhou e conviveu".

Em que investigação o físico português trabalhava?

 Os estudantes passam pela «Grande Cúpula» no topo do Edifício 10 no campus do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Cambridge.
Os estudantes passam pela «Grande Cúpula» no topo do Edifício 10 no campus do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Cambridge. Charles Krupa/Copyright 2018 The AP. All rights reserved.

Segundo a Newsweek, quando o cientista de fusão nuclear chegou ao MIT, concentrou-se na reconexão magnética, na turbulência do plasma e na geração e amplificação de campos magnéticos.

A reconexão magnética "é a força motriz por trás da erupção de chamas solares da superfície do Sol". De acordo com a mesma revista, a NASA também está a investigar este processo em torno da Terra, com a sua missão satélite "TRACERS", e afirma que "a única reconexão magnética pode libertar tanta energia quanto toda a energia utilizada pelos EUA num dia".

O cientista português supervisionou programas de investigação destinados "a aprimorar a compreensão científica necessária para futuros sistemas de energia de fusão".

Em junho deste ano, Nuno Loureiro foi citado num anúncio do MIT sobre uma nova instalação projetada para acelerar a pesquisa em fusão, descrevendo-a como um esforço para enfrentar "os desafios mais complexos da tecnologia de fusão" ligados à transição energética global, escreve a Newsweek.

"O trabalho de Loureiro contribuiu para o alargamento da base científica da investigação sobre plasma e fusão, mais do que para o desenvolvimento de uma tecnologia energética acabada ou pronta a ser implementada".

Loureiro esperava que o seu trabalho "moldasse o futuro"

"Não é exagero dizer que o MIT é o lugar onde se vai para encontrar soluções para os maiores problemas da humanidade», disse o cientista português quando foi nomeado para liderar o laboratório de ciência do plasma no ano passado.

"A energia de fusão mudará o curso da história da humanidade", previu.

Outras fontes • AP, agências

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