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De Paloznak a Sziget, o impacto dos festivais de verão na Hungria

De Paloznak a Sziget, o impacto dos festivais de verão na Hungria
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De Antonio Oliveira E Silva
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Os festivais de verão têm um impacto importante sobre as comunidades e regiões onde se realizam e a Hungria não é exceção.

Com a correspondente da Euronews, Beatrix Asboth, em Paloznak, e Patrícia Cardoso

A Euronews esteve em Paloznak, pequena localidade de 500 habitantes situada no lago Balaton, na Hungria, para visitar o festival de música Jazz Picnic.

Beatrix Asboth, correspondente da Euronews na Hungria, conta que as pequenas localidades húngaras contam a História e a cultura de uma região através festivais que organizam. É possível, nestes eventos de verão realizados por todo o país da Europa cental, visitar torneios medievais, ir festivais de goulash e mesmo a provas de vinhos.

Há mais de 8 mil encontros deste tipo, considerados como festivais na Hungria, e mais de um terço recebe uns 10 mil visitantes por ano.

O Jazz Picnic de Paloznak, é um pequeno evento, se tivermos em conta os grandes festivais de música da Califórnia, mas a verdade é que tem um grande impacto sobre a economia local.

Os lucros têm vindo a ultrapassar os 60 mil euros por edição. O festival conta com uma média de seis mil visitantes por ano, mas, este ano, esperam-se cerca de 10 mil, graças à crescente popularidade do evento.

Szaboolcs Homola é proprietário das vinhas Homola e organizador do festival. Disse à Euronews que o Jazz Picnic depende, para existir, dos visitantes e de pequenos patrocinadores:

“Não há nenhuma cidade grande com um orçamento grande que nos apoie, nem nenhuma instituição política ou social. Os lucros vêm, na maioria, dos bilhetes vendidos e dos patrocinadores convidados.”

Lucros que, segundo organizadores e autarcas, beneficiam também quem vive e trabalha em Paloznak. Ákos Czeglédy é o presidente da Câmara de Paloznak. Disse à Euronews que o evento traz muitas vantagens para a pequena localidade e para os seus habitantes:

“O preço das casas subiu e há mais turistas a visitar a localidade. Todo o comércio local, os serviços, os produtores e os agricultores beneficiam com o evento de forma indireta. É preciso reservar um quarto seis meses antes.”

Márk Lakatos é dono de um bar em Paloznak.Acha que o facto de que se integre a gastronomia nos eventos explica o sucesso dos festivais na Hungria:

“Penso que os festivais são cada vez mais populares na Hungria porque podemos mostrar, nos eventos gastronómicos, novas ideias, como salsichas caseiras e as nossas receitas.”

E se Paloznak é um evento que pode ser considerado quase como pitoresco a verdade é que os grandes festivais realizados um pouco por todo o mundo apresentam lucros importantes, como o de Coachella, Califórnia, com cerca de 80 milhões de euros ou o Lollapalooza, em São Paulo, Brasil, com cerca de 7 milhões.

Em Portugal, segundo o jornal Diário de Notícias houve, em 2015, cerca de 210 festivais musicais. Mas existem cada vez mais iniciativas no âmbito da cultura, como é o caso do “Alkantara Festival“http://www.alkantarafestival.pt/, que a Euronews visitou recentemente.

Mas a Hungria é única em termos de variedade. Muito maior e mais conhecido do que o Jazz Picnic de Paloznak é o Festival de Sziget, que se realiza na ilha de Óbuda, em pleno rio Danúbio.

O Festival de Sziget venceu o prémio de melhor Festival Europeu em 2015.

Conta com mais 1000 atuações durante uma semana e recebe milhares de visitantes de todo o continente, a maioria da Europa ocidental.

A revista Forbes considera o Festival de Sziget como um dos melhores festivais de verão.

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