A petrolífera estatal brasileira Petrobras registou um prejuízo de 16,5 mil milhões de reais (4,5 mil milhões de euros) no terceiro trimestre, contrariando a tendência de recuperação do trimestre…
A petrolífera estatal brasileira Petrobras registou um prejuízo de 16,5 mil milhões de reais (4,5 mil milhões de euros) no terceiro trimestre, contrariando a tendência de recuperação do trimestre anterior.
A queda foi impulsionada principalmente pela desvalorização contabilística de ativos de 15,7 mil milhões de reais, o equivalente a 4,25 mil milhões de euros, segundo a nota de imprensa.
Segundo a empresa, para tal contribuiu a apreciação do real, o aumento da taxa de desconto e a revisão de um conjunto de fatores, como o preço de Brent e a taxa de câmbio de longo prazo. Houve ainda alterações na carteira de investimentos, despesas com rescisões voluntárias e gastos com acordos negociados com fundos de investimento em ações contra a Petrobras em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
O gerente executivo de desempenho da companhia, Mário Jorge da Silva, citado pela imprensa local, frisou que, se não fossem os eventos extraordinários, a Petrobras teria encerrado o trimestre com um lucro de cerca de 600 milhões de reais (162,7 milhões de euros).
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) ajustado no terceiro trimestre somou 21,6 mil milhões de reais (5,8 mil milhões de euros), sendo “6% superior ao trimestre anterior em função do aumento da produção e exportação de petróleo e de menores gastos com importações”, lê-se na nota.
No acumulado do ano, a petrolífera – que está no centro do maior escândalo de corrupção da história brasileira, investigado na Operação Lava Jato – tem um prejuízo de 17,3 mil milhões de reais (4,7 mil milhões de euros).
No segundo trimestre, a petrolífera teve um lucro líquido de 370 milhões de reais (100 milhões de euros), após três trimestres de prejuízo.
A empresa terminou setembro com uma dívida de 398 mil milhões de reais (107,7 mil milhões de euros).