Quadros do Facebook atacam o fundador por alegada passividade face aos posts de Donald Trump.
Mark Zuckerberg enfrenta pressões no Facebook depois de vários quadros terem criticado publicamente o fundador por se recusar a tomar medidas contra posts de Donald Trump que o Twitter censurou na semana passada por alegadamente glorificarem a violência".
Anunciou agora que o Facebook atribuiu 10 milhões de dólares a grupos antirracistas. Num post, disse que o Facebook precisa de fazer mais para apoiar a igualdade e a segurança da comunidade negra.
Os funcionários seniores do Facebook criticaram publicamente a abordagem passiva de Zuckerberg face aos posts inflamados do Presidente Donald Trump, a ameaçar violência contra as manifestações antirracistas nos EUA.
Andrew Crow, chefe de design do dispositivo de videoconferência do Facebook, diz que "censurar informações que possam ajudar as pessoas a ver o quadro completo está errado. Mas dar uma plataforma para incitar à violência e disseminar a desinformação é inaceitável".
Jason Toff, diretor de gestão de produtos, escreveu: "Trabalho no Facebook e não estou orgulhoso da forma como estamos a aparecer. A maioria dos colegas de trabalho com quem falei sente o mesmo. Estamos a fazer ouvir a nossa voz".
Jason Stirman, que trabalha na investigação e desenvolvimento no Facebook, diz também que discorda das decisões de Zuckerberg e não está sozinho.
O Twitter, na sexta-feira, ocultou um tweet de Trump que incluía a frase "quando o saque começar, começam também os tiros" atrás de uma etiqueta de aviso, dizendo que o tweet violava as regras contra a incitação à violência, mas estava a ser deixado como uma "exceção de serviço público". O Facebook recusou-se a agir com base na mesma mensagem.
Executivos e empresas de toda a indústria tecnológica expressaram apoio às campanhas antirracistas e de justiça criminal, através de mensagens aos funcionários, nas páginas de entrada ou através das contas oficiais das redes sociais.
"Manter o silêncio é ser cúmplice". As vidas negras contam", disse a Netflix.
O Twitter, muito elogiado no tratamento da situação, mudou a imagem de perfil e acrescentou a hashtag oficial #BlackLivesMatter à descrição.