Portugal não escapa ao otimismo mas Bruxelas admite que há fatores que podem baralhar as contas
A reabertura da economia após o fim das medidas de restrição devolveu uma sensação de normalidade à população europeia e está também na origem de uma recuperação económica mais rápida do que o previsto.
As previsões de outono da Comissão Europeia anteveem a passagem da retoma para uma fase de expansão na zona euro, com um crescimento previsto de 5% em 2021 e 4,3% no próximo ano. Portugal não escapou ao otimismo de Bruxelas, prevendo-se um crescimento de 4,5% este ano e 5,3% em 2022.
Em ambos os casos, trata-se de uma subida superior à projetada na última previsão, mas Bruxelas alerta para dois fatores que poderão baralhar as contas: a evolução da pandemia e a capacidade da oferta para se adaptar à crescente procura. A inflação é uma preocupação assumida por Paolo Gentiloni:
Apesar do otimismo de Bruxelas, os ventos que sopram de leste e o aproximar do inverno fazem antever uma crise energética com potencial para colocar a economia europeia novamente de joelhos.