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Países Baixos apostam na energia das marés

A Seaqurrent usa o sistema Tidalkite e vai fornecer energia a aldeias de Ameland, nos Países Baixos.
A Seaqurrent usa o sistema Tidalkite e vai fornecer energia a aldeias de Ameland, nos Países Baixos. Direitos de autor European Institute of Innovation & Technology
Direitos de autor European Institute of Innovation & Technology
De  Euronews com EBU
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A geração de eletricidade sustentável nos Países Baixos era feita principalmente com painéis solares e turbinas eólicas. Agora duas empresas, a Equinox e a Seaqurrent, têm financiamento para desenvolverem projetos na área da energia maremotriz.

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Duas empresas dos Países Baixos receberam mais de dois milhões de euros cada uma para desenvolverem projetos de energia das marés na região do Mar de Wadden. Esta forma de gerar energia, também conhecida por energia maremotriz, aproveita as correntes marítimas produzidas pelas marés para criar eletricidade sustentável.

A Equinox vai usar os 2,4 milhões de euros que recebeu para desenvolver uma turbina semelhante a um moinho de vento subaquático. Outro objetivo é expandir a presença global para responder à crescente procura de soluções de energia limpa.

“Este é um passo significativo para tornar o setor de energia marinha uma realidade comercial”, diz Pieter de Haas, diretor executivo da Equinox.

A segunda empresa, a Seaqurrent, recebeu 2,5 milhões de euros. Usa um sistema, patenteado como Tidalkite, que permite capturar mais energia do que as tecnologias convencionais de marés.

Energia ainda este ano

O projeto da Seaqurrent pode ser implementado em várias localizações no globo, mas vai ser lançado inicialmente na ilha de Ameland, nos Países Baixos.

"Há um cabo que vai até Ameland, o que significa que poderemos fornecer a eletricidade que esta pipa gerará para a ilha ainda este ano", explica Maarten Berkhout, diretor-geral da SeaQurrent.

"O projeto vai gerar eletricidade para aproximadamente 600 casas. Isso equivale a Hollum ou Nes, que são as nossas duas maiores aldeias", diz Erwin de Boer, assessor energético do município de Ameland.

Preocupações ambientais

Os projetos das duas empresas consistem em converter as marés em eletricidade. Mas para tornar a energia das marés rentável, é necessário construir um parque inteiro no fundo do mar, tal como acontece com a energia eólica marítima. Esta perspetiva preocupa os ambientalistas.

"A razão da nossa preocupação é que o Mar de Wadden já está muito congestionado. Não sabemos que efeito teria na natureza, entre outras coisas, e outras atividades teriam que ser deslocadas para dar espaço", adverte Bert Beijloos, biólogo da Associação Wadden.

Mas Maarten Berkhout, da SeaQurrent, argumenta que muitas das atividades de Wadden são insustentáveis. “Precisamos de novas opções, opções sustentáveis para substituir as atividades insustentáveis existentes", diz.

Até agora, a produção de energia sustentável nos Países Baixos concentrou-se principalmente em painéis solarese turbinas eólicas. No entanto, graças a estes dois projetos, a ilha de Ameland vai tornar-se pioneira na energia das marés ainda este ano.

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