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Baixa no preço dos combustíveis fez descer inflação para 2,9% na UE

A persistente inflação leva a uma travagem dos gastos dos consumidores
A persistente inflação leva a uma travagem dos gastos dos consumidores Direitos de autor  Michael Probst/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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De Euronews com AP, AFP
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A inflação na Europa diminuiu para 2,9%, em outubro, graças à redução dos preços dos combustíveis. É o valor mais baixo em mais de dois anos e também é um reflexo do longo período de aumentos das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE).

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A inflação caiu dos 4,3% anuais, registados em setembro, com os preços dos combustíveis a caírem 11,1% num ano. A inflação no setor alimentar é de 7,5% e nos serviços é de 4,6%.

A queda para menos de 3% na taxa de inflação representa uma forte descida face ao pico de mais de 10%, registado em outubro de 2022, e coloca o valor da inflação perto da meta do BCE de 2%, considerada a melhor para a economia.

O banco manteve as taxas inalteradas na semana passada, após dez aumentos consecutivos, com o objetivo de conter o aumento da inflação. Mas a instituição alertou que os riscos inflacionistas, acentuados pela guerra no Médio Oriente, continuam a ser demasiado elevados para prever os próximos passos.

A subida de taxas de juro do BCE é um remédio típico contra a inflação, pois influencia os custos dos empréstimos em toda a economia, aumentando o custo do crédito para compra de casas ou para a expansão de negócios.

A persistente inflação leva a uma travagem dos gastos dos consumidores, que tiveram de reservar mais dinheiro para bens de primeira necessidade, como alimentação e contas de serviços públicos.

Crescimento nulo

Entretanto, o crescimento económico desapareceu: a produção económica na média dos 20 países que utilizam o euro diminuiu 0,1%, no trimestre julho-setembro.

A Alemanha, o maior dos 20 países que utilizam o euro, viu a produção da sua economia cair 0,1%, enquanto a segunda economia, a França, registou apenas um crescimento de 0,1%, abrandando face aos 0,6% do trimestre anterior. Portugal acompanhou a tendência, com -0,2%, nesse período.

"O dinamismo económico permanecerá fraco nos próximos meses e só recuperará o ritmo quando os salários alcançarem a inflação”, disse Rory Fennessy, economista da Oxford Economics.

A Europa contrasta com o crescimento robusto de 4,9%, no mesmo trimestre, nos EUA,  apesar de uma série semelhante de aumentos de taxas de juro por parte da Reserva Federal. 

A taxa de inflação nos EUA é de 3,4%, mas a economia está a ser impulsionada pelos consumidores e por investimentos das empresas que reconstruíram os seus stocks após a pandemia da Covid-19.

Os economistas alertam que não é provável que tais gastos continuem nos EUA, nos próximos meses. Muitas famílias estão a esgotar as poupanças (acumuladas durante a pandemia) e outras têm recorrido cada vez mais aos cartões de crédito.

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