Esta é a segunda vez que o BCE decide não mexer nas taxas de juro, depois de dez subidas, já que a inflação dá sinais de abrandar.
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou esta quinta-feira que irá deixar as taxas de juro inalteradas, tal como fez na última reunião do Conselho de Governadores, em outubro.
Esta é a segunda vez que o BCE não mexe nas taxas de juro, depois de dez subidas consecutivas, já que a inflação dá sinais de abrandar. A decisão era amplamente esperada pelos analistas.
A taxa de depósitos, a mais importante para a política monetária, permanece em 4%, o nível mais alto registado desde o lançamento da moeda única em 1999, enquanto a principal taxa de juro de refinanciamento fica em 4,5% e a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez permanece em 4,75%.
A inflação “tem caído nos últimos meses mas deverá subir novamente, de forma temporária” nos próximos tempos, prevê o Banco Central Europeu no comunicado que confirma a decisão.
As novas projeções para a inflação apontam para uma descida “gradual” ao longo do próximo ano, “antes de se aproximar do objetivo de 2% em 2025”.
Os economistas do BCE antecipam uma taxa de inflação média de 5,4% em 2023 e de 2,7% em 2024 – uma revisão em baixa em relação às previsões divulgadas em setembro, quando se previa uma taxa de inflação média de 5,6% em 2023 e 3,2% em 2024.
Segundo as novas projeções, em 2025 a inflação poderá ser de 2,1%, em média, e 1,9% em 2026.