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Cidadã chinesa condenada no Reino Unido por fraude de seis mil milhões de euros em Bitcoin

Zhimin Qian, também conhecido como Yadi Zhang
Zhimin Qian, também conhecido como Yadi Zhang Direitos de autor  Metropolitan Police
Direitos de autor Metropolitan Police
De Kieran Guilbert
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Zhimin Qian, de 47 anos, defraudou mais de 128 mil vítimas na China antes de tentar branquear os rendimentos ilegais obtidos com criptomoedas através da compra de imóveis no Reino Unido.

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Uma mulher chinesa foi condenada no Reino Unido por ter desempenhado um papel de liderança numa fraude relacionada com Bitcoin, após o que se acredita ser a maior apreensão de criptomoedas do mundo, no valor de mais de 5,5 mil milhões de libras (6,3 mil milhões de euros).

Zhimin Qian, também conhecida como Yadi Zhang, declarou-se culpada na segunda-feira no Tribunal da Coroa de Southwark, em Londres, pela aquisição e posse ilegal de criptomoedas.

A confissão de culpa seguiu-se a uma investigação de sete anos sobre lavagem de dinheiro à escala global, informou a Polícia Metropolitana.

A mulher de 47 anos orquestrou uma fraude em larga escala na China entre 2014 e 2017, defraudando mais de 128.000 vítimas e armazenando os fundos roubados em ativos de Bitcoin, segundo a polícia.

Fugiu depois da China, recorrendo a documentos falsos, e entrou no Reino Unido, onde tentou branquear os lucros ilegais através da aquisição de propriedades no final de 2018, indicaram as autoridades.

A Polícia Metropolitana afirmou ter apreendido um total de 61.000 Bitcoins a Qian.

"Este é um dos maiores casos de lavagem de dinheiro na história do Reino Unido e está entre os casos de criptomoeda de maior valor a nível global", referiu Will Lyne, chefe da divisão económica e de cibercrime da Polícia Metropolitana.

Outra cidadã chinesa, Jian Wen, de 43 anos, foi condenada no ano passado pelo papel que teve na fraude relacionada com Bitcoin. Wen foi sentenciada a seis anos e oito meses de prisão.

Qian será condenada numa data posterior.

"A Bitcoin e outras criptomoedas estão a ser cada vez mais usadas por criminosos organizados para encobrir e transferir ativos, para que os responsáveis pelas fraudes possam desfrutar dos benefícios das suas condutas criminosas", destacou Robin Weyell, procuradora-chefe adjunta do Ministério Público da Coroa.

"O Ministério Público da Coroa trabalhará agora para garantir, através da apreensão criminal e de processos civis, que os ativos criminosos permaneçam fora do alcance dos responsáveis pelas fraudes", acrescentou.

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