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China: BYD faz maior recolha de veículos devido a problemas de conceção

O logótipo da BYD é visto durante o salão automóvel de Xangai. 23 de abril de 2025.
Logótipo da BYD visto durante o salão automóvel de Xangai. 23 de abril de 2025. Direitos de autor  AP/Ng Han Guan
Direitos de autor AP/Ng Han Guan
De Eleanor Butler
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Cerca de 115.000 veículos no mercado doméstico foram chamados pela marca. A medida pode colocar em causa o modelo de negócios de baixo custo da BYD, que começa a levantar questões de segurança.

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O fabricante de automóveis chinês BYD (Build Your Dreams) vai realizar a sua maior recolha de sempre. Cerca de 115.000 veículos no mercado doméstico foram chamados pela marca devido a defeitos de design e riscos de segurança relacionados com a bateria.

A recolha diz respeito aos veículos elétricos das séries Tang e Yuan Pro, produzidos entre 2015 e 2022.

Cerca de 44.500 unidades da série Tang serão recolhidas devido a um controlador de motor de tração defeituoso. Em alguns casos, isto pode levar à corrosão da placa de circuito e fazer com que o carro perca energia elétrica, segundo a Administração Estatal para a Regulação do Mercado da China.

Já do modelo Yuan Pr, serão recolhidos cerca de 71.200 veículos, também devido a vedações de bateria incorretamente instaladas, o que pode permitir a entrada de água, reduzindo em alguns casos a potência de saída.

“A BYD Auto Industry Co., Ltd. vai autorizar as suas concessionárias a aplicar um selante especial para reforçar o invólucro da bateria gratuitamente nos veículos afetados, restaurando a impermeabilização e eliminando o risco de segurança”, afirmou a Administração Estatal para a Regulação do Mercado.

A China domina a indústria global de veículos elétricos em parte graças a generosos subsídios estatais, bem como a uma abordagem de vanguarda: as empresas investiram em tecnologia elétrica muito antes dos concorrentes globais.

A ascensão destas empresas tem sido particularmente prejudicial para as empresas europeias, que ainda lutam para oferecer veículos elétricos a um preço mais baixo do que os rivais chineses. Para proteger as empresas nacionais, a UE tem imposto, desde o ano passado, tarifas sobre os veículos elétricos fabricados na China.

Para alguns consumidores, o esforço para manter os preços baixos está, no entanto, a fazer soar alarmes à medida que surgem questões de segurança.

Em abril, a empresa chinesa de veículos elétricos Xiaomi atraiu críticas depois de três pessoas terem morrido num acidente que envolveu um dos seus modelos SU7.

Mesmo assim, os incidentes de segurança não são exclusivos das marcas chinesas. Vários reguladores globais levantaram preocupações sobre a segurança das maçanetas dos veículos elétricos fabricados pela empresa americana Tesla, propriedade de Elon Musk.

Ao contrário dos carros convencionais, as maçanetas da Tesla dependem de sensores e eletricidade, o que significa que podem falhar durante um incêndio ou corte de energia.

Este design foi replicado por marcas como a Xiaomi, embora a China tenha agora proposto regulamentos que exigem que os veículos de passageiros incluam mecanismos de libertação mecânica, acessíveis tanto do interior como do exterior do carro.

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