Depois da Air France-KLM e da Lufthansa, foi a vez do International Airlines Group (IAG), dono da British Airways e da Iberia, manifestar interesse na compra da TAP. Grupo ressalva, no entanto, que é “necessário esclarecer vários temas” antes da compra.
São já três os interessados na compra da TAP. Depois da Air France-KLM e da Lufthansa, esta sexta-feira foi o International Airlines Group (IAG), dono da British Airways e da Iberia, a mostrar interesse na aquisição de uma participação na companhia aérea portuguesa.
"O IAG confirma que apresentou uma declaração de interesse à Parpública no âmbito do processo do Governo para a privatização parcial da TAP", refere fonte oficial do grupo em declaração, salientando, no entanto, que é "necessário esclarecer vários temas antes de o IAG poder propor um investimento".
A manifestação de interesse não gera surpresa, uma vez que o grupo já havia manifestado vontade de ingressar no processo de compra desde que foi anunciada a privatização na companhia aérea portuguesa.
“Acreditamos que a TAP terá um potencial significativo dentro do IAG. O nosso modelo descentralizado proporciona margens líderes no setor e está em consonância com a ambição do Governo português de proteger a TAP”, informou o grupo, reforçando que a estratégia de investimento pretende “fortalecer as nossas companhias aéreas, beneficiando clientes, funcionários, economias locais e acionistas”.
Prazo para manifestação de interesses termina no sábado
O prazo para entrega de candidaturas termina no sábado. Não se sabe se poderá haver mais interessados, nomeadamente grupos e empresas não europeus.
Depois de finalizado o prazo, a Parpública, empresa que gere as participações do Estado, tem um prazo de 20 dias (até 12 de dezembro) para entregar ao executivo português um relatório no qual descreve os interessados, avaliando o cumprimento dos requisitos de participação da cada um. Depois, os grupos/empresas que tenham demonstrado o cumprimento dos requisitos são convidados a apresentar uma proposta não vinculativa.
O Governo pretende alienar até 44,9% do capital da transportadora aérea, reservando 5% para os trabalhadores, conforme estipulado pela Lei das Privatizações. A restante percentagem continuará a ser detida pelo Estado.
No anúncio do processo de privatização, Luís Montenegro disse que este estaria aberto a "empresas e a grupos que possam aportar que esta operação [da TAP] seja competitiva e sustentável", nomeadamente a potenciais investidores provenientes de fora da Europa, mostrando-se, na altura, confiante de que haveria " “muitos interessados” na compra do capital da empresa.