A partir de 1 de janeiro de 2026, o preço de alguns produtos e serviços vai aumentar e os portugueses terão de voltar a fazer contas à vida. Saiba o que vai pesar mais na carteira.
E se hoje, à meia-noite, a única coisa que tem de fazer é contabilizar as 12 passas ou uvas que tem na mão e a quantidade de bebida que tem no copo para brindar ao novo ano, a partir de amanhã, as contas serão outras.
Apesar de, nos últimos meses, a taxa de inflação ter registado algumas descidas e de a previsão apontar para um abrandamento para cerca de 2,1% em 2026, há setores que vão continuar a sofrer aumentos, como as rendas das casas, as telecomunicações, os transportes, a eletricidade, as portagens, os combustíveis e até o pão.
Água e eletricidade
Começando pela fatura da eletricidade : o aumento será de 1% para o mercado regulado logo no primeiro dia do ano, o que se traduz num acréscimo entre os 18 e 28 cêntimos na fatura mensal.
As tarifas da água também vão sofrer aumentos, ainda que caiba a cada município estabelecer os preços para o novo ano**.** Sabe-se que em Lisboa a água registará um aumento de 17 cêntimos.
Bens alimentares
Também as suas idas ao supermercado vão ser “premiadas” com aumentos em alguns produtos na hora de pagar a conta. A carne e o peixe deverão subir até 7%. O preço do pão e dos produtos de pastelaria também vai aumentar, embora de forma ligeira, devido a fatores como as revisões salariais e a subida de outros produtos, como os ovos, os frutos secos e o cartão. O desaparecimento do desconto no imposto sobre os combustíveis pode igualmente influenciar o preço destes produtos, avisam os economistas.
Telecomunicações
As telecomunicações, nomeadamente a conta do seu telefone, televisão ou internet, são outro dos serviços que vão sofrer aumentos. As maiores operadoras, como Vodafone, NOS e MEO, confirmaram atualizações de preços. “Esta atualização será feita até ao valor máximo da taxa de inflação prevista para 2025 e de acordo com as condições do seu contrato”, pode ler-se, por exemplo, num comunicado da Vodafone.
Habitação
Para quem aluga casa e paga renda, esta pode subir até 2,3%. Uma renda de 500 euros pode sofrer um aumento de até 11,5 euros, por exemplo. Este aumento ficará ao critério dos senhorios.
Para quem tem crédito à habitação, a subida da prestação ao banco também pode ser inevitável, uma vez que a tendência da taxa Euribor é de subida.
Transportes
Como é habitual, com a viragem do ano também há uma subida nos títulos de transporte.
A Carris já confirmou que, a partir de 1 de janeiro de 2026, “entram em vigor novos preços praticados na rede CARRIS”. Contudo, “o preço dos passes mensais e de 30 dias não será atualizado.”
Ainda assim, em 2026, o aumento do título individual será de cerca de 10 cêntimos. Uma viagem de autocarro, que atualmente custa 2,20 euros, passará a custar 2,30 euros. Nos elétricos, uma viagem que hoje custa 3,20 euros passará amanhã a custar 3,30 euros.
Os Transportes Metropolitanos do Porto também anunciaram aumentos, mas, tal como na Carris, não haverá alterações nos passes mensais. Assim, a partir de amanhã, “entra em vigor uma atualização média de 2,28% na Tarifa de Transporte Público (TAT)”, como anunciou a empresa. Os preços dos bilhetes ocasionais Andante vão aumentar a partir do Z3. Atualmente, este bilhete custa 1,80 euros e vai sofrer um aumento de cinco cêntimos.
Portagens
As tarifas de portagens vão ter umaatualização de 2,29%. A Brisa, concessionária, anunciou num comunicado que este valor tem como referência “a taxa de inflação homóloga – Continente sem habitação – de outubro e o adicional de 0,1%, previsto no Decreto-Lei n.º 87-A/2022”.
As portagens na A1 entre Lisboa e o Porto vão aumentar 45 cêntimos, para 25,05 euros; entre Lisboa e Algarve sobe 50 cêntimos para 23,80 euros.
Também são esperados aumentos que podem ir de 5 a 10 cêntimos para as pontes 25 de Abril e Vasco da Gama.