A Operalia aterrou pela primeira vez no La Scala de Milão. A prestigiada competição de ópera foi criada por Plácido Domingo em 1993 com o objectivo de descobrir jovens talentos. É o próprio tenor espanhol que dirige a orquestra.
Plácido Domingo:
“- O talento não pode permanecer escondido, quero dizer, ele tem que ser revelado. Com esta competição podemos mostrá-lo ao grande público e facilitar uma carreira que é dura e difícil. Esta é uma das minhas grandes satisfações, ser capaz de dar sequência a uma cadeia de cantores, de geração em geração. Isto faz-me bastante feliz.”
Dos 600 candidatos apenas 13 chegaram à final.
Sonya Yoncheva nunca se atreveu a concorrer mas desta vez a búlgara de 28 anos encheu-se de coragem e foi recompensada.
Sonya Yoncheva:
“- Nem acreditei: Meu Deus, é o meu nome? Fiquei surpreendida. Primeiro fiquei surpreendida com o Prémio Especial. Nunca imaginei que conseguisse sequer este prémio, e depois deram-me o Primeiro Prémio. Foi a cereja em cima do bolo.”
Com apenas 23 anos, o romeno Stefan Pop maravilhou a assistência do La Scala
Stefan Pop:
“- Estou feliz, ganhei o Primeiro Prémio por isso não sei que mais dizer. A minha emoção é enorme. É-me difícil dizer algo. O maestro Plácido Domingo a dirigir no La Scala e eu a cantar. Isto é tudo para mim.”
A Operalia abre as portas a cantores líricos desconhecidos mas com capacidade para actuar nas grandes salas de ópera do mundo.
Para Plácido Domingo esta foi uma edição especial. A primeira vez que cantou no La Scala de Milão foi há 40 anos.
Plácido Domingo:
“- Quando me estreei aqui tinha 28 anos. Vir aqui e enfrentar este público com este coro e esta orquestra maravilhosa é muito especial. É uma grande emoção. É uma grande emoção, uma enorme responsabilidade e, claro, estava no início da minha carreira. Nem acredito que ando a cantar há 40 anos.”
PS: nesta peça pode escutar excertos de “Je marche sur tous les chemins” in Manon de Jules Massenet; e “Che gelida manina” in La Boheme de Giacomo Puccini.