Yuja Wang toca Rachmaninov

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A pianista chinesa tocou o concerto para piano nº4 de Rachmaninov em Roterdão, sob a batuta do maestro quebequense Yannick Nézet-Séguin.

A artista chinesa Yuja Wang começou a tocar piano aos seis anos. Um ano depois deu o primeiro concerto, o primeiro de muitos. Hoje, aos 31 anos, vive nos Estados Unidos e é considerada como uma das melhores pianistas da atualidade.

Recentemente em Roterdão, na Holanda, Yuja Wang tocou o concerto para piano nº 4 de Sergei Rachmaninov.

"É uma música sensual e apaixonada. Não sei de onde vem toda essa inspiração. Cada vez que toco a música dele, sinto que é uma dádiva", contou a pianista chinesa, em entrevista à euronews.

Yuja Wang fez-se acompanhar pela Orquestra Filarmónica de Roterdão, sob a direção do maestro quebequense Yannick Nezet Séguin. A obra do compositor russo é fonte de fascínio tanto para a solista como para o maestro.

"A força e os momentos de sonho desta música tocam-nos profundamente. Há uma atmosfera especial, como pirilampos que se acendem e se apagam de imediato. Para mim, este concerto está cheio de segredos", frisou o maestro canadiano e diretor musical da Metropolitan Orchestra de Nova Iorque.

"O segundo andamento começa como uma introdução, como se estivéssemos em Nova Iorque num bar de Jazz, ou, provavelmente, em Los Angeles. Há referências e citações de todas as outras obras. O segundo concerto é como uma cebola com várias camadas e no final percebemos o que ele quer mostrar", considerou a pianista chinesa.

Rachmaninov abandonou a Rússia após a revolução de 1917. Viveu na Europa e nos Estados unidos. O exílio teve uma influência marcante na obra do pianista e compositor russo. Até 1917, Rachmaninov compôs dezenas de obras, nos Estados Unidos apenas seis.

A pianista chinesa vive nos Estados Unidos e conhece bem a problemática da saudade da terra natal.

"Visitei a casa dele na Suíça. Foi muito inspirador. Toquei no piano e vi as fotografias dele. Foi aí que ele encontrou a inspiração. Depois, com a Segunda Guerra Mundial foi para os Estados Unidos. Estas obras foram compostas na América. Ele nunca regressou à Rússia. Quando partiu provavelmente sabia que não voltaria: há como um sentimento de mistério, de não saber o que vai acontecer a seguir", contou a pianista chinesa.

"Yuja tem muita energia e a energia vem da música. Quando somos músicos, queremos fazer música, comer e beber música o tempo todo. A música não é uma profissão, é uma vocação", sublinhou o maestro canadiano.

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