O Festival de Salzburgo e a Orquestra Filarmónica de Viena têm uma história de amor única. Para assinalar o centésimo aniversário do festival, o maestro venezuelano conduziu a obra-prima de Igor Stravinsky.
Um mundo mágico, com fogos-de-artifício rítmicos e cores sonoras cintilantes para celebrar o centésimo aniversário do Festival de Salzburgo. Para assinalar a data o maestro Gustavo Dudamel conduziu a Orquestra Filarmónica de Viena numa viagem empolgante pelo balé de Igor Stravinski "O Pássaro de Fogo."
"É uma peça que é uma parte muito importante da minha alma musical", sublinhou, em entrevista à Euronews, o maestro venezuelano.
Composto para a companhia de balé "Ballets Russes", o balé foi apresentado pela primeira vez em 1910 e tornou Stravinsky famoso.
Baseado nos contos populares russos, conta a história do príncipe Ivan e de um pássaro mágico de ouro e fogo, com plumas cintilantes, que oferece tanto bênçãos como a perdição para aquele que o captura. Um presente único para marcar um século de existência do Festival de Salzburgo.
O festival e a Orquestra Filarmónica de Viena partilham um laço único. Desde o início da década de 1920 que a orquestra passou a residência de verão para a cidade austríaca, moldando a identidade musical do festival.
"O Festival de Salzburgo é um pilar muito importante na nossa residência artística. Aqui conhecemos alguns dos maiores maestros como Arturo Toscanini ou Pierre Boulez. Trata-se de uma experiência artística incrivelmente enriquecedora", sublinhou Daniel Froschauer, presidente da Orquestra Filarmónica de Viena.
O Festival de Salzburgo decorreu entre 18 e 30 de agosto. A exposição "Great World Theatre - The Salzburg Centenary" cruza o passado, presente e futuro do festival. Pode ser visitada no Museu de Salzburgo, até 31 outubro do ano que vem.