Milhares de egípcios assinaram uma petição que pede ao British Museum para devolver a Pedra de Roseta, numa altura em que o maior museu da Grã-Bretanha comemora os 200 anos da decifração dos hieróglifos.
Milhares de egípcios assinaram uma petição que pede ao British Museum para devolver a Pedra de Roseta, numa altura em que o maior museu da Grã-Bretanha comemora os 200 anos da decifração dos hieróglifos.
A egiptóloga Monica Hana é a autora de uma das petições que reclamam a devolução. "Acho que todas as nações têm o direito de pedir de volta o seu património. No século 19, a escravidão e o trabalho infantil também eram legais e as mulheres não tinham direitos. Hoje, estamos no século 21 e temos de corrigir os erros do passado e corrigir os erros da história porque não podemos mudá-la", defende Hana.
"Hoje, a Pedra de Roseta é, para mim, um símbolo do colonialismo ocidental sobre a minha cultura. Representa um despojo de guerra, a violência cultural. E não estou apenas a pedir sua repatriação. Estou também a treinar gerações de estudantes que se tornarão investigadores para continuarem a luta até que a Pedra de Roseta volte para o Egito", vincou.
A Pedra de Roseta foi encontrada pelas forças de Napoleão Bonaparte, em 1799, na cidade de Roseta, perto de Alexandria. Quando os britânicos prevaleceram sobre as forças francesas, exigiram a entrega da coleção de antiguidades. Em 1802, a Pedra de Roseta foi enviada para Londres, onde acabou por ser exposta no Museu Britânico.