Este ano, há quatro filmes europeus e um argentino a competir pelo prémio
Este ano, quatro filmes europeus (britânicos, alemães, italianos e espanhóis) e um filme japonês foram nomeados para o Óscar de melhor filme em língua estrangeira nos Prémios da Academia Americana. Vamos recuar na história dos Óscares para ver quais foram os países mais bem sucedidos.
Itália colecionou o maior número de estatuetas na categoria de Melhor Filme Estrangeiro nos Óscares. Apesar de um só filme italiano ter conquistado o Óscar neste século, durante a era de ouro do Cinema Italiano as películas do país foram sempre favoritas e, ao todo Itália conseguiu 14 prémios de 32 nomeações.
Como a concorrência é bastante forte na categoria de Melhor Longa-Metragem Internacional, o filme italiano deste ano, o 33º nomeado, Io Capitano, apenas obteve o nono lugar na classificação da Euronews Culture. Mas se ganhar, confirmará o primeiro lugar italiano antes da França e do Japão.
França surge em segundo lugar, atrás de Itália, com mais nomeações (41) é certo, apesar de só ter conseguido 12 vitórias. Durante três décadas não houve uma noite de glória para a indústria do cinema francês, porque o último filme a ser reconhecido foi “Indochina”, em 1993.
O Japão está um pouco atrás, em terceiro lugar com cinco prémios, os dois mais recentes conquistados em 2009 e 2022. Os três primeiros foram atribuídos nos primeiros anos da história dos Óscares.
Depois da vitória alemã no ano passado com All Quiet on the Western Front, há um empate triplo de países europeus que celebram o facto de o seu filme ter sido premiado quatro vezes: Dinamarca, Espanha e Alemanha.
Os dois últimos também têm o seu nome entre os cinco seleccionados deste ano. O que significa que se a Sociedade da Neve, de Espanha, ou a Sala de Professores, da Alemanha, ganharem o prémio, haverá mais um país europeu no pódio (em empate com o Japão) da lista dos países mais bem sucedidos na categoria de filmes em língua estrangeira.
Se o filme japonês Perfect Days ganhar, confirmará o terceiro lugar do país asiático.
A Suécia é especial porque o mesmo realizador, Ingmar Bergman, ganhou o prémio três vezes. Para colocar isso em perspetiva, ele teve 10 em competição, enquanto toda a indústria cinematográfica do país recebeu 16 nomeações para os Óscares nesta categoria.
Os filmes russos ganharam quatro Óscares para Melhor Filme Estrangeiro, três dos quais são do tempo da União Soviética.
Vencedores de Melhor Filme com língua não inglesa
Só dois filmes estrangeiros de língua não inglesa triunfaram na categoria de Melhor Filme: "O Artista”, em 2012, um filme francês maioritariamente mudo, o que significa que o filme sul-coreano "Parasitas" fez história ao conseguir o prémio em 2020 como o primeiro vencedor em língua não inglesa.
Este ano, o vencedor da Palma de Ouro Anatomia de uma Queda, de Justine Triet, tem a oportunidade de fazer história nos Óscares como o primeiro filme francófono a ganhar o último prémio da noite.