A RMS Titanic Inc., uma empresa sediada na Geórgia que detém legalmente os direitos sobre o naufrágio que ocorreu há 112 anos, completou a sua primeira expedição desde 2010 e revelou novas imagens do local.
Uma estátua de bronze do Titanic, que há muito se pensava estar perdida para sempre, foi redescoberta durante uma recente expedição efetuada pela empresa que detém os direitos de salvamento do local do naufrágio.
A expedição ao remoto Oceano Atlântico Norte, onde o Titanic se afundou, coincidiu com a investigação da Guarda Costeira dos EUA sobre a implosão, em junho de 2023, do Titan, um submersível pertencente a outra empresa.
O desastre do submersível Titanmatou as cinco pessoas a bordo, incluindo Paul-Henri Nargeolet, diretor de investigação subaquática do RMS Titanic.
A RMS Titanic Inc. descreveu os resultados da viagem deste verão como uma "mistura agridoce de preservação e perda".
Um dos principais destaques foi a redescoberta da estátua "Diana de Versalhes", que não era vista desde 1986. A empresa divulgou agora uma imagem clara e atualizada da mesma.
No entanto, uma secção significativa do corrimão que rodeia o convés de proa do navio caiu, disse o RMS Titanic. O corrimão ainda estava de pé em 2022, disse a empresa.
"A descoberta da estátua de Diana foi um momento emocionante. Mas estamos tristes com a perda da icónica balaustrada da proa e outras provas de decadência que apenas reforçaram o nosso compromisso de preservar o legado do Titanic", afirmou Tomasina Ray, diretora de colecções do RMS Titanic.
A tripulação passou 20 dias no local e regressou a Providence, Rhode Island, a 9 de agosto. Capturaram mais de dois milhões de imagens do naufrágio com a mais alta resolução jamais obtida. A equipa também cartografou completamente o naufrágio e o seu campo de destroços utilizando equipamento avançado que será utilizado para melhorar a compreensão do local.
Entretanto, a investigação da Guarda Costeira sobre a tragédia do submersível Titan será objeto de uma audiência pública no final de setembro.
A família de Nargeolet intentou uma ação judicial por homicídio culposo contra a OceanGate, a operadora do submarino Titan, que entretanto suspendeu as operações.